EXISTE EX-CRENTE?



 Marcos Alexandre Damazio

Se o crente cometer apostasia1 perderá a salvação? Tratar-se de um assunto controvertido. De um lado o Calvinismo que considera a salvação imperdível. Do outro o Arminianismo que considera plenamente possível o crente perder a salvação.

O cerne da questão está na condição do homem após aceitar Jesus como seu único Salvador e Senhor. O crente, usando o seu livre-arbítrio, pode voltar-se para o pecado, apostatar da fé, decair da graça de Deus e, assim, perder a salvação?

A palavra de Deus nos mostra algumas pessoas que estavam na Igreja, e apostataram, foram levadas por seus pecados e se perderam sem a comunhão com Deus: Judas Iscariotes (Mt 27:4,5); Ananias e Safira (At 5:1-9); Himeneu e Alexandre (1ª Tm 1:19,20), e vários outros no Novo Testamento. Assim também, com certeza já ouvimos alguém dizer que já foi crente ou que é um ex-crente batizado e tudo mais.
Na verdade há pessoas que se intitulam crentes só por terem levantado a mão dentro de uma igreja evangélica na hora do ‘apelo’. Dizem que foram batizados somente por terem tomado um banho em um rio ou no batistério de alguma igreja evangélica.

Muitas pessoas são batizadas, se tornam membros de uma igreja evangélica, acreditando que no Dia do Juízo suas boas ações serão comparadas às suas más ações e, de alguma maneira, esperam que as boas ações superem em valor e quantidade às más ações.

Infelizmente o que muitos não entendem é que para ser um crente, um cristão de verdade, é necessário confessar a Jesus como Senhor, crer, se arrepender e passar pela experiência do novo nascimento, como Jesus explicou a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (Jo 3:3).

Não existe ex-crente. Ou a pessoa é crente, ou nunca foi crente verdadeiramente. Paulo nos mostra essa situação quando escreve: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (2ª Co 5:17).

Os que foram regenerados se tornam novas criaturas, lavadas e resgatadas pelo sangue que Jesus derramou na cruz. E os que não experimentaram o novo nascimento, ainda que estejam na igreja, continuam perdidos em seus pecados gerados pela incredulidade.
Atualmente existem muitas pessoas que falam em nome de Jesus, profetizam, expulsam demônios, realizam curas e até operam milagres em nome de Jesus, mas, infelizmente, nunca experimentaram o novo nascimento.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. (Mt 7:21-23).

Existem muitas pessoas que são membros de igrejas evangélicas, mas que, na verdade, estão somente praticando rituais religiosos e observando regras. Tais pessoas apenas praticam a religião protestante, e nada além disso. Deixaram de fumar, beber, xingar palavrão. Abandonaram as coisas que achavam erradas, e passaram a freqüentar a igreja, ler a Bíblia, dar o dízimo, jejuar, subir monte e fazer aquilo que julgam ser o certo. Algumas pessoas já foram ‘batizadas’, e estão nas classes da escola dominical, mas ainda não entenderam que a salvação é mais do que fazer rituais e seguir preceitos. Essas pessoas não sabem que ser salvo significa ter a vida de Cristo em si. Tais pessoas têm tudo, menos a nova vida em Cristo Jesus nosso Senhor. O resultado dessa situação é uma fé morta, pois nunca se tornaram novas criaturas em Cristo, pois estas pessoas não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da tribulação se desviam, ou são pessoas que no caminho são sufocadas pelos cuidados, riquezas, e deleites desta vida ou são pessoas que não dão fruto (Lc 8:13,14). Tais pessoas acham que serão justificadas por praticarem o cristianismo, ou por serem protestantes, ou por serem membros de alguma igreja evangélica, ou por participarem rituais religiosos e por seguirem preceitos religiosos de decência.

Para alcançarem a salvação, essas pessoas têm de crer em Cristo. Mas antes disso, eles precisam entender que carecem da salvação; que estão perdidos em seus pecados e incredulidade, condenados a uma eternidade no inferno se Cristo não se tornar, para elas, o Salvador pessoal. Elas devem ser informados de que Deus lhes oferece a salvação em Cristo e têm de saber o que esta salvação fará por elas, pois devem testemunhar sobre esta salvação.

Certa vez ministrei um curso para formação de discipuladores e conselheiros de novos convertidos numa igreja, e tive a oportunidade de aplicar um teste que consistia numa redação na qual os alunos do curso teriam que descrever como eram antes da conversão, o que ocasionou e em quais circunstâncias ocorreu a conversão, e por ultimo quais transformações ocorreram com a conversão.

O resultado do teste revelou que antes da conversão todos fumavam e/ou bebiam, falavam palavrão, alguns praticavam outras religiões. Nenhum aluno citou o arrependimento e a fé como causa de sua conversão, que na maioria dos casos ocorreu devido a problemas de saúde na família, problemas financeiros ou conjugais. Ninguém se converteu porque percebeu que vivia uma vida pecaminosa, e que por causa disto precisava se arrepender e mudar de vida para com Deus e para com os homens.

O resultado do teste revelou que as mudanças nas vidas destas pessoas se restringiam a deixar de fumar, beber e xingar palavrão. Também abandonaram as coisas que achavam erradas, e se batizaram, passaram a ir a igreja, ler a Bíblia, dar o dízimo, jejuar, orar, subir monte e fazer aquilo que julgam ser o certo2. Ou seja, passaram apenas a obedecer a preceitos e a praticar rituais religiosos.

Em todas as religiões as pessoas têm de obedecer a preceitos e praticar rituais religiosos. Viver em novidade de vida não é praticar rituais religiosos (Rm 6:4), assim como viver em novidade de espírito não é obedecer preceitos da velhice da letra da religiosidade (Rm 7:6).

Durante este mesmo curso para formação de discipuladores e conselheiros de novos convertidos, eu tive a oportunidade de pedir para que cada aluno do curso expusesse as suas dificuldades, e muitos daqueles que desejavam se tornar discipuladores e conselheiros de novos convertidos, revelaram que diante das tribulações estavam pensando largar o curso, a igreja e a Jesus.

Fé é a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando. Então a fé do crente é a certeza de que Jesus vai voltar, certeza da vida eterna, a certeza do céu, a certeza de que Jesus morreu por nós e ressuscitou. Certeza é algo em que não há erro; certeza é exatidão; Certeza é algo infalível. Então, se eu tenho certeza que minha filha existe, como posso voltar atrás se certeza é algo em que não há erro, que exclui a dúvida. Como posso ter certeza da vida eterna hoje, e amanhã apresentar dúvida ou até mesmo incredulidade?

Quero enfatizar um fato que baseia-se na própria natureza da verdade. Aquilo que é verdadeiro não pode ser algo mais que verdadeiro. Quando conhecemos o que é verdadeiro, não há mais razão de termos dúvida sobre aquele fato que já é estabelecido.

Ele, porém, lhes disse: Por que estais perturbados? E por que surgem dúvidas em vossos corações?” (Lc 24:38).

Estas perguntas de Jesus continuam atuais, pois as pessoas olham as circunstâncias e se guiam por aquilo que vêem. Podemos constatar isto no diálogo entre Jesus e Tomé: “... não mais sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”. (Lc 20:27-29).

A dúvida é sinônima de pouca fé (Mt 14:31), e é em si mesma um pecado (Rm 14:23). Na verdade a dúvida é um passaporte para a incredulidade. Portanto, a fé verdadeira exclui totalmente a dúvida (Mt 21:21), e assim muitos naufragam na fé, mas na verdade naufragam na pouca fé, na fé com dúvida (Mt 28:17), pois são filhos do diabo, e como os tais nunca se firmaram na verdade (Jo 8:44), e nem acolheram o amor da verdade para serem salvos (2ª Ts 2:10).

Não adianta uma pessoa dizer que tem fé, mas duvidar em seu coração (Mc 11:23). E por isso o apostolo Paulo diz: “... tudo o que não provém da fé é pecado”. (Rm 14:23)

O apostolo Tiago explica porque muitas pessoas que se dizem evangélicas, diante das dificuldades e tribulações deixam a igreja e apostatam da fé que diziam ter em Jesus: “pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos”. (Tg 1:6-8).

Contudo, Judas nos diz para nos compadecer daqueles que estão na dúvida, salvando-os, arrebatando-os do fogo (Jd 1:22).

Há crentes teólogos que amam doutrinas denominacionais, confundindo-as com Deus. Amam mais a denominação do que a Jesus.

Muitas pessoas acham que podem alcançar a salvação por serem teólogos ou profundos conhecedores das Escrituras. Os escribas e fariseus também eram profundos conhecedores das Escrituras, e nem por isso alcançaram a vida eterna.

O teólogo Wayne A. Meeks, professor de estudos bíblicos da Universidade de Yale nos Estados Unidos, disse o seguinte absurdo teológico: “Os caminhos, embora diversos, visam a levar a um mesmo destino”.

É lamentável que um professor de estudos bíblicos da Universidade de Yale ensine a seus alunos que todos caminhos levam a um mesmo destino. Observem quão distante este teólogo está da verdade do evangelho de Jesus. Será que uma pessoa que faz uma declaração dessa teve um encontro com o Senhor Jesus?

Jesus é o único caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vai ao Pai, senão por Jesus (Jo 14:6).
O mais conhecido representante da chamada Teologia Moderna é o teólogo Rudolf Otto, autor do livro ‘O Sagrado’, termo este que ele escolheu para substituir a palavra ‘Deus’. Rudolf Otto viveu na Alemanha no início do século passado, e não cria que Deus pudesse habitar no homem.

Se o mais conhecido teólogo da chamada Teologia Moderna se recusa a dizer a palavra ‘Deus’, e em substituição a esta palavra usa o termo ‘o Sagrado’. E para piorar, tal teólogo afirma que Deus não habita no homem.

O que eu posso afirmar é que Deus nunca habitou neste teólogo chamado Rudolf Otto, porque eu sou templo do Espírito Santo que habita em mim, e em todo crente verdadeiro que ama ao Senhor Jesus.


Em 13 de novembro de 1933, o líder dos Cristãos Alemães, Dr. Reinhold Krause, fez um discurso em Berlim, pelo qual propusera desjudaizar o cristianismo, eliminando o Antigo Testamento, a moral judaica e a teologia do rabino Paulo.

Se o líder dos Cristãos Alemães quis tomar uma atitude desta, é porque não crê que o Antigo Testamento e as cartas paulinas não são a palavra de Deus.

O teólogo Antonio Maria, cantor e padre católico, disse o seguinte absurdo teológico: “Maria não é invenção dos padres, mas de Deus. Ela é o caminho mais seguro para chegarmos a ele”.

Este padre está afirmando que Jesus é mentiroso, pois o Filho de Deus disse que só há um caminho para chegarmos a Deus.: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (Jo 14:6). Quando este padre diz que Maria é o caminho mais seguro para chegarmos a Deus, ele deixa implícito que há outros caminhos que também levam a Deus, só que com menos segurança. Maria nunca foi e nunca será um caminho para chegarmos a Deus. Jesus não é um caminho seguro, mas sim o caminho certo.

Outro teólogo católico, o frei Beto, disse a seguinte asneira teológica: “Concordo com Jesus. As prostitutas serão as primeiras a entrar no céu”.

Baseadas neste absurdo, muitas mulheres vão querer ser prostitutas para ter o privilégio de serem as primeiras a entrar no céu. O seu colega de celibato, o padre Antonio Maria, poderia afirmar que este sim é o caminho mais seguro para o céu.

O pior é que o frei Beto deu a entender que este absurdo está alinhado com os ensinamentos de Jesus. Vejamos o Jesus disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus”. (Mt 21:31).

O frei parece estar certo, mas está errado. Vejamos porque:
  • Jesus disse que as meretrizes entram. Logo o verbo está no presente do indicativo, sem nenhuma relação com o futuro.
  • Jesus disse que as meretrizes entram adiante dos principais sacerdotes e os anciãos do povo, que eram as pessoas que estavam dialogando com ele (Mt 21:23).
  • Jesus disse que as meretrizes entram adiante dos principais sacerdotes e os anciãos do povo no reino de Deus. O reino de Deus é o céu? Não. Por quê?

    1. Jesus disse que o reino de Deus é algo que seria tirado dos principais sacerdotes e seria dado a outro povo (Mt 21:43);
    2. Jesus disse que o reino de Deus é algo que chegaria com poder (Mc 9:1);
    3. Jesus disse a um escriba que ele não estava longe do reino de Deus (Mc 12:34);
    4. Jesus disse que o reino de Deus não vem com aparência exterior, pois o reino de Deus está dentro do verdadeiro crente (Lc 17:20,21);
O que eu posso afirmar é que tanto padre quanto o frei não conhecem o caminho e nem o reino de Deus. Não sabem que o reino de Deus consiste na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Este reino não consiste em palavras, mas em poder (Rm 14:17; 1ª Co 4:20).

Tanto o frei quanto o padre nunca nasceram de novo, embora sejam teólogos.

Já o padre Jaldemir Vitório, historiador do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte, afirmou: “Há quase um consenso entre os historiadores de que Jesus nasceu em Nazaré”.
Meu caro padre, os sabichões já afirmaram um dia que a Terra era plana, embora a Palavra de Deus asseverasse que a Terra é redonda (Is 40:22).

A Palavra de Deus diz que Jesus nasceu em Belém: “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes...”. (Mt 2:1).

Os teólogos católicos se gabam de estudarem muitos anos. Na verdade eles sempre aprenderam tolices em seus seminários cada vez mais distantes da verdade da Palavra de Deus. A igreja Católica já acreditou na existência de vampiros.

No final da Idade Média, os vampiros foram listados no “Malleus Maleficarum”, uma publicação oficial da Igreja Católica de 1486. Durante muito tempo, este tratado foi o manual dos caçadores de bruxas, divulgando os ensinamentos necessários para evitar vampiros e outras criaturas do mal. Tempos depois, Dom Augustin Calmet (1672-1757), monge da Ordem de São Benedito, publicou “Dissertações sobre a aparição de anjos, demônios, espíritos, e dos vampiros da Hungria, Boêmia, Moravia e Silésia”, em 1746. Neste trabalho, Dom Calmet descreveu os vampiros como corpos mortos que ressuscitavam em busca de sangue...

Isto é um absurdo, pois mesmo as características mitológicas dos vampiros são oriundas dos sintomas de doenças. Muitos doentes de Raiva mordem outras pessoas, sofrem de insônia, hipersensibilidade a estímulos como a luz, reflexos no espelho, água ou odores fortes (como o do alho). Além disso, o sangue de mortos por Raiva leva muito mais tempo para coagular, e pode escorrer da boca após dias de sepultamento. Será que uma pessoa que faz uma declaração dessa teve um encontro com o Senhor Jesus?

Enquanto um teólogo conservador ressalta a dimensão espiritual de Jesus, um católico, teólogo da libertação, vai buscar nele sua atuação como revolucionário político”, diz André Chevitarese, professor de História Antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

No entanto, muitos teólogos evangélicos não ficam muito longe dos católicos, e cada vez mais vão se distanciando da verdade da Palavra de Deus.

Philip Yancey, um dos teólogos evangélicos mais renomados da atualidade afirmou: “Teólogos católicos como Thomas Merton e Henri Nouwen enriquecem a minha fé”.

Philip Yancey afirma ainda que não vê nada de mais em católicos ensinarem teologia em faculdades de teologia evangélicas sob a alegação de que os evangélicos não devem estar preocupados com a mente dos outros (no caso os católicos).

Se seguirmos a linha deste teólogo, em breve teremos professores ensinando aos nossos seminaristas a se tornarem idólatras.

Creio que alguns católicos serão salvos, pois há católicos como Rui Barbosa, que era católico, mas sua teologia era totalmente protestante. No entanto, a maioria dos católicos está cada vez mais se distanciando da verdade da Palavra de Deus.

Quando digo que muitos teólogos evangélicos estão se distanciando da verdade da Palavra de Deus, refiro-me aos professores de teologia, como nos exemplos a seguir:

Jesus deve ter nascido numa casa de camponeses extremamente pobres, cercada de animais”, diz Gabriele Cornelli, professor de Teologia e Filosofia da Universidade Metodista de São Paulo.
O professor não deve saber que Jesus não nasceu numa casa, mas sim em uma manjedoura, pois não havia lugar na estalagem.

E teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. (Lc 2:7).

Outros teólogos tentam minimizar a obra grandiosa e vitoriosa de Cristo na cruz: “Se existisse um grande jornal em Israel no tempo de Jesus, sua morte provavelmente seria noticiada no caderno de polícia, e não na primeira página”, afirma John Dominic Crossan3, professor de Estudos Religiosos da Universidade De Paulo, em Chicago, Estados Unidos.

A teóloga inglesa Karen Armstrong, autora do livro ‘Uma História de Deus’ não crê num Deus pessoal que ama, perdoa e salva os homens, e historicamente é adorado pelos seus filhos. A ex-freira anglicana Karen Armstrong revela porque deixou de crer em Deus: “Aqueles de nós que tiveram problemas com a religião consideraram um alívio quando se libertaram de um Deus que lhes aterrorizou a infância. É maravilhoso não ter de se acovardar diante de uma divindade vingativa que nos ameaça com a danação eterna se não seguirmos suas regras”.

A teóloga inglesa e ex-freira anglicana Karen Armstrong se enquadra em tudo o que eu escrevi neste tópico sobre apostasia.

Na verdade, a teóloga Karen Armstrong se intitula ex-crente só por ter sido criada desde a infância dentro de uma “igreja evangélica” e por ter sido batizada ainda criança.

Não importa se a mãe é cristã e se o pai é pastor. Ninguém nasce cristão. O fato de ter nascido em um lar cristão não faz de ninguém um cristão. A Bíblia não diz nenhuma palavra sobre nascer cristão. Pelo contrário, Jesus disse: “Necessário vos é nascer de novo”. (Jo 3:7).

Infelizmente, o que a teóloga Karen Armstrong não entende é que para ser um cristão é necessário confessar a Jesus como Senhor, crer, se arrepender e passar pela experiência do novo nascimento. Ela não é uma ex-crente. Ela nunca foi uma crente.

A teóloga Karen Armstrong era membro de uma igreja evangélica, mas apenas praticava rituais religiosos e observava regras. Ela apenas praticava a religião protestante, e nada além disso. Tal teóloga nunca entendeu que a salvação é mais do que fazer rituais e seguir preceitos religiosos. Karen Armstrong não sabe que ser salvo significa ter a vida de Cristo em si. Ela nunca teve a nova vida em Cristo Jesus nosso Senhor.

Karen Armstrong tentou se justificar por praticar o cristianismo, ou por ser protestante, ou por ser membro de uma igreja evangélica, ou por participar de rituais religiosos e por seguir preceitos religiosos.

Karen Armstrong nunca se converteu, e nem se arrependeu de seus pecados, por isso ela tem medo de Deus e da danação do inferno.

Karen Armstrong teve problemas com a religião por causa de seu pecado, e se esforçava para alcançar o favor divino através das obras e dos sacrifícios, sem alcançar a justificação tão almejada. Então, Karen Armstrong resolveu largar a igreja e fingir que agora crê em um Deus impessoal. Assim Karen fingiu estar aliviada.

Quando Karen Armstrong diz que se libertou de um Deus que lhe aterrorizou a infância, na verdade, ela está dizendo que vive um conflito desde a infância, tentando por méritos próprios alcançar a salvação. Isto fica provado quando ela diz que se sentia ameaçada por Deus com a danação eterna, caso não conseguisse cumprir as regras de Deus.

Karen precisava saber que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Mas, Karen Armstrong nunca esteve em Cristo Jesus, por isso se achava ameaçada pelo inferno, tinha medo de Deus, e se esforçava tentando agradar a Deus pelas obras, mas sem fé é impossível agradar a Deus. Karen desconhecia isto.

Karen Armstrong disse que é maravilhoso não ter de se acovardar diante de um Deus vingativo que nos ameaça com a danação eterna se não seguirmos suas regras.

Mas Jesus disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos”. (Jo 15:15).

Jesus nos confidencia todas as coisas, numa relação de amigo para amigo. Numa relação de senhor para servo não existem confidências e nem amizades. Nós já não somos servos, mas Jesus sempre será o Senhor (Jo 15:14,15).

Jesus não é amigo do povo de Deus como um todo, e sim amigo de cada um de nós individualmente e nominalmente (Jo 11:11), pois Cristo deu sua própria vida em favor dos seus amigos (Jo 15:13). Então por que teríamos de nos acovardar diante de um amigo?

Karen Armstrong conhecia e tentava servir a Deus como o Senhor que ordena e quer ser obedecido. Karen nunca tentou adorar ao Deus dos deuses, aquele que procura os verdadeiros adoradores para O adorar em espírito e em verdade. Se Karen tinha medo de Deus, se acovardava diante dele e se sentia ameaçada por Deus com a danação eterna. Isto caracteriza que ela jamais conheceu Deus como Pai que ama os seus filhos. Ela não o conheceu como Pai, pois não nasceu de novo e nem recebeu o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! Jamais o Espírito Santo testificou com o espírito de Karen Armstrong que ela era filha de Deus.

Coitada de Karen Armstrong servia a um Deus que não conhecia.

Coitada de Karen Armstrong, nunca se firmou na verdade (Jo 8:44), e nem acolheu o amor da verdade para ser salva (2ª Ts 2:10).

Coitada de Karen Armstrong continua perdida em seus pecados gerados pela sua incredulidade.

Alguns arminianos podem dizer que Karen Armstrong perdeu a salvação, porém eu afirmo que Karen Armstrong nunca esteve salva. Talvez ela receba a salvação, se um dia ela encontrar verdadeiramente com o Senhor Jesus.

Os arminianos argumentam que como o crente possui livre-arbítrio, é evidente que ele poderá usá-lo, e abandonar a sua fé original fazendo morrer a chama do primeiro amor, e assim perder a salvação.

A partir da decisão do primeiro casal no Éden, as evidências escriturísticas provam que em nenhuma circunstância o ser humano perde o direito à liberdade de escolha dada por Deus. Vejamos alguns textos que os arminianos apresentam como prova que o crente pode perder a salvação:

Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério. Pois a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham a salvação, ainda que assim falamos. Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis. E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o fim, para completa certeza da esperança”. (Hb 6:4-11).

Há basicamente quatro interpretações dessa passagem. Há a posição dos arminianos que a tomam como referindo-se a crentes que se perdem. Há a posição dos calvinistas que a tomam como referindo-se a crentes que não se perdem. Há a posição processual que considera como referindo-se aos não crentes, e há a posição moderada que considera que refere-se a crentes judaizantes. Vejamos as quatro interpretações:
  1. Posição Processual – Esta posição defende que todas as características do texto poderiam ser daqueles que professam meramente o cristianismo, mas que de fato não possuem o Espírito Santo. Os adeptos da teologia processual observam que as pessoas referidas no texto não são descritas de maneira usual como um crente é caracterizado, como, por exemplo: quem nasceu de novo (Jo 3:3); ou quem está em Cristo (Ef 1:3); ou quem foi selado no Espírito Santo (Ef 4:30). Apontam para Judas Iscariotes como o exemplo clássico dessa situação. Ele andou com o Senhor, foi enviado e comissionado por Jesus em missões, tendo recebido autoridade sobre espíritos imundos para os expulsar e para curar toda sorte de doenças (Mt 10:1). Entretanto, em sua oração sacerdotal, Jesus se referiu a Judas como o filho da perdição (J0 17:12).
Vários problemas surgem quando se toma este texto como referindo-se a não crentes. Apesar da descrição de tais pessoas no texto ser um pouco diferente das formas empregadas em outras partes do Novo Testamento, algumas das expressões utilizadas muito dificilmente poderiam aplicar-se a pessoas não crentes. Por exemplo, tais pessoas tinham experimentado o arrependimento (Hb 6:6), que é condição para a remissão de pecados (Lc 24:47); o texto refere-se àqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial e se fizeram participantes do Espírito Santo (Hb 6:4); eles provaram a boa palavra de Deus, e também os poderes do mundo vindouro (Hb 6:5). Então fica claro que se trata de pessoas crentes, pois o autor de Hebreus chama de amados aqueles a quem ele está levando essa advertência, termo este que dificilmente poderia ser considerado apropriado para descrentes.
  1. Posição Calvinista – Esta posição defende que todas as características do texto referem-se a pessoas crentes que perseveram na fé para a salvação. A palavra grega parapesontas (parapesontas) correspondente ao verbo cair que aparece no texto (Hb 6:6), não indica uma ação sem retorno. É, sim, uma palavra para desviar-se do rumo, indicando que a situação daquelas pessoas não é desesperadora.
Entretanto, o texto declara enfaticamente que se a pessoa produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. (Hb 6:8). Mas a maioria dos calvinistas rejeita a idéia de que uma vez tendo alguém recebido a salvação, lhe seja possível ser rejeitada, perder a salvação e ser queimada no inferno.

Os calvinistas afirmam que o fato de ser impossível que tais pessoas de novo se arrependam indica a natureza do arrependimento, ou seja, que é uma vez para sempre. Em outras palavras, essas pessoas não precisam se arrepender novamente, já que isso foi feito uma vez e é suficiente para eterna redenção. Entretanto, Judas Iscariotes uma vez foi iluminado, pois andou com o Senhor, sendo enviado e comissionado por Jesus em missões, e provou a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro tendo recebido autoridade sobre espíritos imundos para os expulsar e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Entretanto, depois caiu, mas não encontrou lugar para o arrependimento. Esaú, mesmo querendo, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas. Porém, a Bíblia se refere a Judas como perdido (Jo 17:12), e a Esaú como devasso e profano (Hb 12:16,17).

Os calvinistas afirmam ainda que o texto parece indicar que não há necessidade de que os que se desviaram se arrependam de novo para serem salvos, assim como não é mais necessário que Cristo morra de novo na cruz. Entretanto, é exatamente o contrário que o texto declara enfaticamente que é impossível que tais apóstatas sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério (Hb 6:4,6).
  1. Posição Arminiana – Esta posição defende que todas as características do texto referem-se a pessoas crentes que perderam de fato a salvação.
Entretanto, o texto declara enfaticamente que é impossível que tais pessoas sejam outra vez renovadas para arrependimento (Hb 6:4,6). Mas, a maioria dos arminianos rejeita que, uma vez tendo alguém apostatado, lhe seja impossível ser salvo de novo.
  1. Posição Moderada Esta posição defende que todas as características do texto referem-se a pessoas crentes que se converteram do judaísmo, os chamados judaizantes. E várias características favorecem esta posição:
A epistola aos Hebreus foi escrita e destinada aos hebreus, e conta a história do povo hebreu; o tema do livro é a superioridade da graça sobre a lei judaica, de Cristo sobre Moisés, do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio de Arão, da ordem sacerdotal de Melquisedeque sobre a ordem sacerdotal de Arão.

É impossível que os judeus que uma vez foram iluminados pelo evangelho de Cristo, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério. Observe que foram os judeus juntamente com os romanos quem crucificaram o Filho de Deus.

Jesus também identificou os judeus aqueles que o condenaram a morte entregando-o aos romanos: “Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; e eles o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios”. (Mc 10:33).

O apóstolo Pedro também responsabilizou os judeus como aqueles que crucificaram Jesus através dos romanos: “Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno,... vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos”. (At 2:22, 23).

O apóstolo Paulo responsabilizou os judeus: “os quais mataram ao Senhor Jesus..”. (1ª Ts 2:15).
Estêvão também acusou os judeus a respeito da morte de Jesus: “... agora vos tornastes traidores e homicidas”. (At 7:52).

E por isso o texto declara enfaticamente que é impossível que tais pessoas sejam outra vez renovadas para arrependimento, visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério. Somente os judeus poderiam estar crucificando de novo o Filho de Deus. E o texto identifica os destinatários da carta aos Hebreus como sendo os descendentes de Abraão (Hb 6:15, 17).

Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. Havendo alguém rejeitado a lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas; de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” (Hb 10:26-32).

Então fica claro que se trata de judaizantes, pois o autor de Hebreus chama de amados aqueles a quem ele está levando essa advertência, termo este que demonstra intimidade, e pelo conhecimento apurado que o autor apresenta sobre o judaísmo, ele dificilmente não seria um hebreu que estava escrevendo aos hebreus.
Os hebreus eram o povo semita da Antigüidade, do qual descendem os atuais judeus. Os semitas são chamados hebreus, que são chamados de judeus, que quando se convertem ao Senhor Jesus são chamados de judaizantes.

Vejamos outros textos que os arminianos apresentam como prova que o crente pode perder a salvação:
Jesus disse: “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt.24:13). Temos motivos para crer que Jesus não estava falando sobre a salvação eterna, mas sobre salvar-se do juízo que cairia sobre aquela geração (Mt 23:36). Jesus havia profetizado que aquela geração seria alvo do juízo divino, mas que os que perseverassem em seus ensinamentos seriam poupados daquele juízo. Por isso, em seu primeiro discurso pós-pentecostes, Pedro exortou aos seus ouvintes: “Salvai-vos desta geração perversa”. E o resultado de sua pregação foi que quase três mil judeus se converteram e foram batizados naquele mesmo dia, e “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2:40,42). Quanto a nós, não perseveraremos para sermos salvos, mas porque somos salvos. Por fim, a nossa perseverança vai confirmar a nossa eleição. É isso que Pedro garante, ao admoestar: “Portanto, irmãos, procurai mais diligentemente fazer firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.” (2ª Pe 1:10).

Portanto, cabe-nos tão somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança (Hb 3:6). E o escritor sagrado ainda complementa: “E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o fim, para completa certeza da esperança” (Hb 6:11). Nossa perseverança vem apenas confirmar a nossa eleição.

Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.” (Hb 10:38,39). 

Conclui-se, então, que, se o justo recuar, perderá a sua salvação. Afinal, diriam alguns, como Deus pode manter a salvo alguém em quem não tem prazer?” Respondemos que Deus pode aborrecer-se com algum dos Seus filhos, e discipliná-lo severamente, sem com isso tirar-lhe a salvação. Ele mesmo prometeu: “Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei com vara a sua transgressão, e com açoites a sua iniqüidade. Mas não lhe retirarei totalmente a minha benignidade, nem faltarei com a minha fidelidade. Não violarei o meu pacto, nem alterarei o que saiu dos meus lábios.” (Sl 89:30-34).


Deus pode até tirar, por alguns instantes, a alegria da salvação, como fez com Davi, mas jamais retiraria a salvação, e isso, por uma questão de fidelidade à Sua própria Palavra. Além disso, nós não somos daqueles que retrocedem para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma (Hb 10:39).

Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal.” (2ª Pe 2:20-22).

Para muitos arminianos, esta passagem é a prova de que um salvo pode perder a sua salvação. Porém, afirmamos com convicção que não; esta passagem não fala de alguém que realmente se converteu a Cristo. O conhecimento que eles possuíam era apenas intelectual. Sua conversão foi ilusória! E a prova disso são os ditados que Pedro usa para exemplificar a sua real situação. Ora, se a porca voltou para a lama, é porque em momento algum deixou de ser porca. Não houve mudança na natureza dessas pessoas. Eram como porcas banhadas, perfumadas, que na primeira oportunidade que têm, retornam ao chiqueiro de onde vieram. Isto é o que Jesus se referiu como sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia (Mt 23:27).

Os cães sempre serão cães, da mesma forma que os lobos não podem se transformar em ovelhas. E é por isto que Jesus disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para não acontecer que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.” (Mt 7:6).

Pedro retrata a situação dos falsos mestres que aparentemente receberam a redenção pelo sangue de Jesus, depois voltaram à escravidão do pecado e apostataram da fé.

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. (Mt 25:1-13).

A parábola das dez virgens não tem nada a ver com a Igreja; a não ser que Jesus seja bígamo ou polígamo. Observem que Deus não usa nenhuma figura na Bíblia, que não seja literal? A parábola das dez virgens está mostrando justamente a separação dos salvos e perdidos de Israel e só tem a ver com Israel, pois a Igreja está fora da Terra.

A parábola mostra que as virgens eram companheiras da noiva e tomariam parte do casamento; as insensatas não entraram e as prudentes entraram. Todas as virgens estavam aguardando a voz do noivo; a parábola está justamente culminando com aquele: “Vigiai...” (Mt 24:42).
Ficai também vós apercebidos” (Mt 24:44).

Quem é, pois, o servo fiel e prudente?” (Mt 24:45).
Se compararmos as duas parábolas do final do capítulo 24 do livro de Mateus, concluiremos que a parábola das dez virgens é o cumprimento daqueles alertas que Jesus falou antes.

O texto de Lucas 12:35-40 mostra o mesmo aviso sobre a segunda vinda de Jesus, não há nada de arrebatamento aqui; quando os evangelhos foram escritos, não existia Igreja. Estas exortações são para Israel; as exortações para a Igreja, às profecias sobre o arrebatamento, estão nas epístolas. Observem nesta passagem as correlações com a parábola das dez virgens:
Estejam... acesas as vossas candeias” (Lc 12:35).

Bem-aventurados aqueles servos aos quais o Senhor, quando vier, achar vigiando!… os fará reclinar-se à mesa…” (Lc 12:36).
Que mesa é essa? Mesa da ceia das bodas do Cordeiro.

Quer venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar”. (Lc 12:38).
Então, as dez virgens representam o Israel salvo e o Israel perdido: “Porque nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9:6-33)

Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro”. (Dn 12:1).

Naquele tempo”. Que tempo? Se lermos o capítulo 11 do livro de Daniel, veremos que o mesmo termina falando da destruição do anticristo. Portanto, o capítulo 12 do livro de Daniel refere-se ao tempo do final da Tribulação.

Quem era o povo de Daniel? Israel. Miguel se levantará a favor de todo o Israel? Não, observem o final do versículo: “mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro”. (Dn 12:1).

Portanto, Jesus no final da tribulação, estará separando o povo de Israel que permaneceu vivo fisicamente na Terra, em duas partes: salvos e perdidos. No capítulo 24 do livro de Mateus, as duas parábolas finais, são exortações para Israel devido a este julgamento que ocorrerá.

Analisando o que Deus diz em capítulo 9 da carta aos Romanos, acerca de que nem todos os que são de Israel são israelitas, então como se cumprirá a profecia de Romanos 11:26? Observem que Deus considera Israel o conjunto daqueles que realmente crêem Nele e no Messias, assim como Deus considera Igreja, somente aqueles que crêem em Jesus e nasceram de novo (e não aquelas pessoas que dizem ser da Igreja, mas que não nasceram de novo). Para ser Israel de Deus, tem que ser de fato israelita, e não apenas israelense, e Deus considera israelita aqueles que reconhecem o Messias; é a mesma base para ser Israel e para ser Igreja.

Então todo o Israel será salvo; todo o Israel aos olhos de Deus, aqueles que aceitaram esse Libertador (Rm 11:26, 27).

Quem Jesus estará julgando após destruir os exércitos do anticristo, e aonde? Primeiro Israel e aqui na terra. Quais israelitas serão julgados? Aqueles que ficaram vivos fisicamente; muitos morreram e fazem parte de outro grupo. Estamos falando dos dois julgamentos que ocorrerão para as pessoas que ficaram vivas na Terra, da nação de Israel e das demais nações; por um milagre ficaram pessoas vivas na Terra após o final da tribulação, nem o anticristo e nem os juízos de Deus as mataram.

Então Jesus estará separando primeiramente o israelense incrédulo do israelita que crê. Imaginem, no final da tribulação, tudo estará um caos na Terra, tudo estará destruído neste planeta, porém haverá pessoas vivas. Jesus extermina todos os exércitos do anticristo, nenhuma pessoa desses exércitos permanece viva, morrem todos, pisados no lagar, porém haverá muitos civis que permanecerão vivos. Agora, entre os que ficarem vivos, como nós estamos na Terra hoje, haverá aqueles que deram ouvido a pregação, e creram no evangelho e aqueles que não creram. Jesus então, separa nesse julgamento, primeiro os de Israel; os incrédulos dos que crêem. Os incrédulos serão mortos e os que crêem ficam na Terra para entrar no reino; ficam em corpos naturais como somos hoje, não receberão corpos glorificados.

Jesus, depois de fazer esse julgamento com os vivos de Israel, fará o mesmo julgamento com as pessoas que permanecerem vivas dentre as demais nações da Terra. Em cada nação da Terra haverá pessoas vivas, os civis que não fizeram parte dos exércitos do anticristo.

Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda”. (Mt 25:31-33).

As pessoas vivas dentre as nações da Terra. Jesus as separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.

Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda)”. (Mt 24:15).

Jesus, no capítulo 24 do livro de Mateus, faz uma narrativa resumida do período da Tribulação; vimos que este capítulo tem a ver somente com Israel: do versículo 1 ao 30, Jesus descreve a Tribulação e termina com a descrição da sua vinda; já do versículo 31 ao 41, vemos o julgamento de Israel, julgamento dos vivos da nação após o término da Tribulação. Nesse ponto Jesus irá separar as pessoas vivas de Israel na Terra, os salvos dos perdidos.

Os perdidos serão levados para fora da Terra e os salvos permanecerão na Terra, como nos dias de Noé; é exatamente o oposto do arrebatamento (Mt 24:40,41).

Após a descrição do julgamento de Israel, Jesus conta duas parábolas como advertência a Israel sobre tudo o que Ele descreveu e mais do que nunca a Igreja não está neste contexto. A Igreja terá sido arrebatada antes que aconteça tudo que Jesus contou no capítulo 24 do livro de Mateus, e aqui Jesus está explicando como será a tribulação, a sua segunda vinda e o que acontecerá após a sua volta.

A parábola das dez virgens é uma ilustração de Israel no final da Tribulação, quando Jesus (o noivo) estiver para voltar. Porque a parábola fala do noivo encontrando-se com as virgens, muitos cristãos concluíram que se trata do encontro de Cristo com a Igreja, porém de maneira nenhuma é o que está acontecendo aqui; dizem ainda que as prudentes representam a parte da Igreja que será arrebatada e as néscias à parte que não será arrebatada, justificando assim erroneamente a perda da salvação para os que são da Igreja.

Observem que a parábola começa com o conectivo “então”, que liga o que será narrado com o que foi descrito no capítulo anterior. Sendo assim, o período a que se refere esta parábola é a Tribulação e, portanto, é impossível de se referir à Igreja. Observem mais uma vez que na parábola a “noiva” nem é mencionada. Na tradução da Vulgata Latina e nas versões siríacas, diz: “dez virgens, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo e da noiva”. (Mt 25:1).

O mais provável é que as virgens são as mesmas citadas, profeticamente, no Antigo Testamento: “Em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença”. (Sl 45:14).

A noiva (Igreja) em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei Jesus; as virgens prudentes (israelitas), companheiras da noiva, serão trazidas à presença da noiva (Igreja).

Lembrem-se que João Batista afirmou que era amigo do noivo (Jo 3:29); e Jesus identificou os judeus como sendo os convidados às núpcias do noivo (Mt 22:3).

Virgens”, fala de pureza moral e “lâmpadas” fala de testemunho. Na verdade, Israel é um testemunho vivo da fidelidade e soberania de Deus. Porém, dentro da nação, há os que realmente são salvos e os que são perdidos.

As virgens prudentes simbolizaram o Israel salvo após o término da Tribulação; elas têm azeite em suas lâmpadas. O azeite é símbolo do Espírito Santo (Zc 4:1-6).

Já as virgens néscias simbolizam o Israel “religioso” do final da Tribulação, porém perdido; elas não têm o Espírito, e se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. (Rm 8:9).

Na descrição do arrebatamento (1ª Co 15:51-56; 1ª Ts 4:13-18), não existem dois grupos como estes desta parábola. Aliás, há sim dois grupos também no arrebatamento, porém diferentes: “os que morreram em Cristo” e “os que ficaram vivos” e ambos tem o azeite, o Espírito Santo.

Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis. E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o fim, para completa certeza da esperança” (Hb 6:10,11).

Àqueles que revelam sua fé pelas suas obras e pelo amor para com o nome do Senhor, Deus não permiti que percam essa fé (Sl 37:27,28). A própria idéia da justiça de Deus implica que o uso desta graça, assim evidenciado, será recompensado, não somente pela continuação na graça, mas pela sua final perseverança e recompensa.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2ª Tm 4:8).

O justo juiz não permitirá que o servo fiel fique sem recompensa. Ele não é como os juizes injustos, pois sempre somos recompensados, e a justiça de Deus é a garantia de que o crente não perde a sua salvação.
Vejamos outros textos que os arminianos apresentam como prova que o crente pode perder a salvação:
Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas”. (Jo 15:5,6).

Nessa alegoria Jesus diz da possibilidade de um crente apostatar da fé e perder a salvação? Mas será que Jesus está se referindo a um crente genuíno ou a um crente nominal?

Ser cristão é permanecer em Cristo. Permanecer em Cristo é manter-se em estado de comunhão e obediência ao Senhor. E somente os crentes genuínos permanecem em Cristo. Já os crentes nominais são aqueles que não permanecem em Cristo4 para ficar evidente que eles não eram genuínos, conforme observou um crente genuíno, o apóstolo João: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.” (1ª Jo 2:19).

Observe que Jesus disse que aquele que não permanece é lançado fora. A causa dele ser lançado fora é o fato dele não permanecer em Cristo. Ou seja, Cristo somente lança fora aquele crente nominal que não permanece nele, pois o próprio Jesus disse que aquele crente genuíno que vem até ele de maneira nenhuma será lançado fora.

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” (Jo 6:37).
Mas e se o crente genuíno não permanecer em Cristo? Ele também será lançado fora?
Veja a resposta brilhante dentro de outra pergunta: Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou?(Mt 18:12).

Observe que o crente genuíno que não permanece em Cristo não perde o status de ovelha do Senhor. Portanto, continua sendo propriedade do Senhor Jesus.

Jesus disse que todos aqueles que vão até ele de maneira nenhuma serão lançados fora. Contudo, Jesus inicia este discurso dizendo que todos aqueles que o Pai lhe dá virão a Ele (Jo 6:37). No entanto, Jesus nos ensinou algo sobre a vontade do Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia.” (Jo 6:39).

Os lobos e os cabritos são lançados fora, mas as ovelhas o Bom Pastor vai buscá-las.
Os arminianos podem questionar se aquele crente que não permaneceu em Cristo e foi lançado fora, também não veio a Cristo um dia.

Com certeza este crente também veio a Cristo, mas não permaneceu e por isso foi lançado fora.
Novamente os arminianos podem argumentar que Cristo disse que aquele crente que vem até ele de maneira nenhuma será lançado fora. No entanto, aqueles que não permanecem em Cristo são lançados fora. Sendo assim não basta vir à Cristo, mas é necessário permanecer em Cristo para obter a salvação.
O argumento arminiano parece perfeito, porém tem uma falha: Jesus prometeu que de maneira nenhuma lançaria fora todos aqueles que o Pai lhe desse, e estes viriam a ele.

Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6:44).
Mas os arminianos podem argumentar que Cristo disse que ninguém pode vir até ele se o Pai não o trouxer. Então como aqueles que não permanecem em Cristo e são lançados fora puderam vir até Cristo? Sendo que Cristo disse que ninguém pode vir até ele se o Pai não o trouxer, e que ele os ressuscitaria no último dia.
O argumento arminiano parece mais que perfeito, porém vemos nas Escrituras pessoas que vieram a Cristo trazidas pelo Pai apenas para que se cumprisse a Escritura (Jo 17:12). Outras pessoas vêm até Cristo sem terem a veste nupcial. Além disso, é da vontade soberana de Deus Pai que o convite seja feito a todos (Mt 22:10-12). Na verdade Jesus chama a todos para dar-lhes alívio.

Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. (Mt 11:28).
Ninguém vai ao Pai a não ser por Jesus (Jo 14:6 – Mt 11:27). Porém, só vai a Jesus aqueles que o Pai traz. Os demais vão atrás do alivio e das bênçãos, e não do Senhor das bênçãos. Por isso Jesus disse que nem todos os que vêm a ele podem ser seus discípulos (Lc 14:27), pois alguns colocam a mão no arado e olham para trás, e não são aptos para o Reino (Lc 9:61). E Jesus vai além e diz que só vem até Cristo para serem salvos aqueles que foram trazidos pelo Pai que pela presciência elegeu (1ª Pe 1:2).
Na verdade a pergunta dos arminianos é antiga: “Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?” (Mt 13:27).

Deus semeia apenas a boa semente no seu campo. É o diabo quem semeia joio no meio do trigo, mas é da vontade soberana do Pai que ambos cresçam juntos até a ceifa (Mt 13:24-30). Na explicação da parábola do joio5 e do trigo, Jesus disse que na ceifa os seus anjos ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade. Ou seja, os crentes nominais.

A vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro”. (Cl 1:21-23).

Paulo fala aos salvos em Cristo que a reconciliação em Cristo depende da perseverança na fé. No entanto, Deus, pela sua presciência, conheceu todos aqueles que perseverarão até o fim, e a estes elegeu e predestinou desde antes da fundação do mundo. Logo, estes permanecerão fundados e firmes na fé.

Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados”. (Tg 5:19,20).

A epístola de Tiago, dentre outros objetivos, destinou-se a encorajar crentes judeus, exortando-os a se manterem na verdade que lhes foi revelada. Como se vê, Tiago admite ser possível alguém, ‘dentre os irmãos’, abandonar a fé. Entretanto, este alguém que se desvia apenas estava entre os irmãos, mas não era um irmão, pois se saiu dentre os irmãos, não era um irmão; porque, se fosse um irmão, teria permanecido com os outros; mas ele saiu para que se manifestasse que não era um dos irmãos (1ª Jo 2:19).
Observe que Tiago se refere ao desviado como pecador, e o crente justificado não é mais um pecador. Vejamos alguns textos bíblicos sobre posição do crente genuíno:
Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (1ª Co 6:9-11).

Os crentes genuínos éramos pecadores, mas hoje nós somos lavados, santificados, e justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” (Rm 5:8).

Paulo afirma que Cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores. Hoje nós somos lavados, santificados, e justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus, exatamente porque Cristo morreu por nós.
Em outra ocasião Paulo declara ainda que outrora era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcançou misericórdia, porque o fez por ignorância, na incredulidade; Mas a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus (1ª Tm 1:13,14).

Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1ª Jo 1:8).

Eu estou afirmando que o crente genuíno não é um pecador (ímpio). Contudo, ele eventualmente comete um ou outro pecado. Mas isto não o faz um pecador.

Esta verdade fica clara nas palavras do apóstolo João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” (1ª Jo 2:1).

O apóstolo João nos manda não pecar, mas admite que eventualmente cometemos um ou outro pecado. Veja que o apóstolo João enfatiza essa eventualidade ao dizer a frase “mas, se, todavia, alguém pecar”.
Outra coisa que deve ser observado é que os crentes genuínos têm um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. Será que os pecadores (ímpios) também têm este Advogado junto ao Pai? Com certeza a resposta é negativa.

Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1ª Jo 1:10).

Embora não sejamos mais pecadores, porém, eventualmente, ainda cometemos pecados. Todavia, não os cometemos como os pecadores: “Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia. Todo o que permanece nele (Cristo) não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece.” (1ªJo 3:4,6).

O apóstolo João explica que os pecadores cometem pecados de maneira habitual, isto é, o pecado é para eles um hábito, que somente será cortado com o novo nascimento em Cristo Jesus nosso Senhor.
Veja que o apóstolo João muda a ênfase da intensidade de uma eventualidade na vida do crente representada na frase “mas, se, todavia, alguém pecar” para um hábito na vida do pecador representado na frase “aquele que vive habitualmente no pecado”.
  • O crente genuíno peca eventualmente.
  • O pecador e o crente nominal pecam habitualmente.
Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” (1ª Jo 3:9).

O apóstolo João explica que o pecador peca habitualmente porque não tem a semente divina, mas o crente genuíno depois do novo nascimento não pode continuar pecando habitualmente, porque a semente de Deus permanece nele.

Eu estou usando o termo “crente genuíno” para diferenciar dos crentes nominais, que são aqueles que são membros de alguma igreja, batizados, cantam no coral, pregam o evangelho, e pecam habitualmente porque a semente de Deus não permanece neles, e não se tornaram novas criaturas porque não são nascidos de Deus. Crente nominal é aquele que pode ganhar o mundo inteiro para Jesus, mas ele mesmo se perder (Lc 9:25).

Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão.” (1ª Jo 3:10).

Quando um crente nominal mostra a sua natureza de lobo, e apostata da fé que dizia ter, muitos pensam que ele perdeu a salvação. Na verdade os crentes nominais nunca foram salvos porque nunca nasceram de novo. Logo, ninguém pode perder aquilo que nunca teve.
O apóstolo João explica que não importa se pastor, diácono ou um membro do último banco. Quem peca habitualmente é do diabo.

Quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.” (1ª Jo 3:8).
O crente genuíno tem o seu eventual pecado perdoado devido aos benefícios obtidos por Cristo, pelo qual obtemos o perdão de nossos pecados.
Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados por amor do seu nome.” (1ª Jo 2:12).
O crente genuíno tem o seu eventual pecado perdoado porque anda na Luz e reconhece que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.” (1ª Jo 1:7).

O crente genuíno tem o seu eventual pecado perdoado porque tem livre acesso a Deus para confessar o seu eventual pecado. Este livre acesso (Hb 10:20; Ef 2:18) foi garantido por Jesus a todo aquele que o receber (Jo 1:12).

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1ª Jo 1:9).

Ora, estava ali certo homem chamado Simão, que vinha exercendo naquela cidade a arte mágica, fazendo pasmar o povo da Samária, e dizendo ser ele uma grande personagem; ao qual todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de Deus que se chama Grande.” (At 8:9,10).

A Palavra de Deus fala de um homem chamado Simão, que era considerado importante no cenário religioso de Samaria. Ele se considerava um “grande homem”, e enganava as pessoas com a sua mágica. A cidade inteira vinha assisti-lo. Quando Filipe chegou àquela cidade anunciando o Evangelho do Reino, as pessoas logo deixaram o engano de Simão, e passaram a ouvir o que Filipe anunciava. Simão, percebendo que perdia terreno, juntou-se a Filipe, e foi batizado. Quando viu que os apóstolos de Jesus possuíam um poder que ele desconhecia, ofereceu-lhes dinheiro para que compartilhassem com ele o mesmo poder. Em resposta àquele pedido, Pedro lhe disse: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, porque pensaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus” (At 8:20,21).

Assim como Simão, muitas pessoas estão se aproximando do Evangelho apenas para obter prestígio, satisfação pessoal e prosperidade financeira. Porém, isto não lhes garante a salvação. Mais importante do que querer conhecer a Deus, é ser conhecido por Ele (Gl 4:9). “Eu conheço os que escolhi” afirmou Jesus (Jo.13:18). E mais: “Eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem” (Jo 10:14). Não adianta o lobo travestir-se de ovelha; Cristo conhece e chama as suas ovelhas pelo nome (Jo 10:3; Is 43:1). A prova disso é que Ele já registrou no Livro da Vida o nome de todos aqueles que serão salvos (Ap.17:8; Ap 21:27). E Ele garante: “De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap.3:5).

Há dois bilhões de cristãos no mundo (1/3 da população mundial). Será que todos são realmente salvos?
Da suntuosa Basílica de São Pedro, no Vaticano, à pequena igrejinha da Assembléia de Deus, encravada no interior da Floresta Amazônica, a cruz se tornou o símbolo de fé para mais de dois bilhões de pessoas. A morte de Jesus dividiu, literalmente, a história em antes e depois dele”. Afirma Richard Horsley, professor de Ciências da Religião na Universidade de Massachusetts e autor do livro “Bandidos, Profetas e Messias – Movimentos Populares no Tempo de Jesus”.
As religiões no mundo estão distribuídas da seguinte maneira:
  • Cristãos – 2 bilhões (1,3 bilhão de católicos e 700 milhões de evangélicos);
  • Muçulmanos – 1,1 bilhão;
  • Hindus – 890 milhões;
  • Budistas – 340 milhões;
  • Animistas – 220 milhões;
  • Judeus – 17 milhões;
  • Ateus e sem religião – 875 milhões.
O censo de 1989 distribuiu a população dos Estados Unidos da seguinte maneira: Protestantes 56%, Católicos Romanos 28%, Judeus 2%, outras 4%, sem religião 10%.
Em 2000, pesquisas revelaram que 90% da população dos EUA e do Brasil declara acreditar em Deus. Os Estados Unidos são a exceção entre os países industrializados.
Entre os americanos 84% acreditam em milagres e, continuam a rejeitar o darwismo quase 200 anos depois da apresentação da teoria da evolução; 44% acreditam que o homem foi criado por Deus conforme relata a Bíblia.

Observem que 90% dos americanos crêem em Deus, mas somente 84% crêem em milagres, ou seja, 6% dos americanos que dizem crer em Deus, na verdade crêem num deus que não pode fazer milagres. E só 44% crêem fielmente no relato bíblico da criação. Pergunto novamente: Será que todos são realmente salvos?

O censo de 1987 distribuiu a população da Suécia da seguinte maneira: Protestantes (Luteranos) 94%, Católicos Romanos 1,5%, Protestantes (Pentecostais) 1%, outras 3,5%.

Em 2000, pesquisas revelaram que na Suécia, o número de crentes é o mais baixo do mundo desenvolvido: 36% da população crê em Deus.

Como pode um país com 95% de evangélicos em treze anos perder a fé? Pergunto novamente: Será que todos eram realmente salvos?

Em 2000, pesquisas revelaram que na Alemanha, 53% da população crê em um Criador. A religião dominante é a Igreja Luterana.

O concílio geral da Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos (ELCA – sigla em inglês) se reuniu de 8 a 14 de agosto de 2001 para delinear estratégias de evangelização.

O concílio aprovou o convênio com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB) e debateu temas controversos, como o casamento de pessoas do mesmo sexo e a abertura do ministério pastoral a gays e lésbicas.

Diante disto fica fácil entender como a Suécia e os Estados Unidos perderam a fé que diziam ter, mas na verdade nunca tiveram.

Na Inglaterra, mais de setecentos sacerdotes e sete bispos anglicanos reconheceram, no início do mês de março de 1993, a autoridade do Papa, dando, dessa forma, um primeiro passo em sua aproximação com a igreja Católica Romana, dois dias depois da Igreja da Inglaterra aceitar definitivamente o sacerdócio de mulheres.

A primeira ordenação feminina ocorreu no dia 12 de março de 1993, em Bristol (noroeste de Londres). Um ano depois, 150 dos 10.000 padres da igreja Anglicana ameaçaram aderir a igreja Católica Romana.
Pergunto novamente: Será que todos eram realmente salvos? A resposta é que eles nunca foram salvos, por isso eles não perderam a salvação, pois nunca a tiveram.

1 Quando abordo o tema apostasia refiro-me a igreja visível, que é formada por um grupo misto de pessoas regeneradas e pessoas não-regeneradas.

2 Tudo isso é importante para o crescimento espiritual. Mais a nova vida em Cristo Jesus não se limita a isto.

3 Autor dos livros “O Jesus Histórico – A Vida de um Camponês Judeu no Mediterrâneo e Excavating Jesus – Beneath The Stones, Behind The Texts” (“Escavando Jesus – Por Baixo das Pedras, Por Trás dos Textos”, inédito no Brasil).

4 É bom não confundir. O fato do crente permanecer na Igreja não significa que ele seja um crente genuíno. O importante é permanecer em Cristo.

5 Ver a explicação da parábola do Trigo e do Joio em Mateus 13:36-43.

"UMA VEZ SALVO, PARA SEMPRE SALVO!"


VERDADE OU MENTIRA?

Quando ouvimos estas palavras, deveríamos entender o que elas significam. Nem todo o mundo as entende da mesma maneira. Há muitas pessoas que afirmam ser salvas ou que pensam que são salvas mas realmente elas têm somente algum tipo de experiência religiosa ao invés de regeneração dada por Deus. Alguns morrerão e irão para o julgamento ainda convencidos de que eles são filhos de Deus, mas nunca foram salvos. Jesus disse em Mateus 7:21-23: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." Paulo queria que os Coríntios se fizessem assegurados da salvação deles, pois ele temia que alguns fossem reprovados. "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados." II Coríntios 13:5. Há a possibilidade de que alguns, que chamam a si mesmos de cristãos, sejam, realmente, meros reprovados. Eles têm estado enganados.
Quando eu uso estas palavras, quero dizer que se uma pessoa é verdadeiramente um filho de Deus pela fé em Jesus Cristo, ela tem vida eterna e nunca será julgada novamente para determinar se ela é salva ou perdida. O que eu quero dizer é que quando um pecador perdido é regenerado pelo poder e obra do Espírito Santo, ele é colocado em um novo relacionamento com Deus. Ele tem sido tornado uma nova criatura. Agora, ele é um filho de Deus.
1. Ele estava morto em seus pecados mas, agora, está vivo em Cristo Jesus. Efésios 2:1 "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados".
2. Ele nasceu de novo e recebeu a natureza divina, I Pedro 1:23 "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre."
3. Ele não mais está sob condenação mas passou da morte para a vida. João 5:24.
4. Ele não mais está sob a lei mas sob a graça. Romanos 6:14-15 "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum."
5. Agora, ele tem duas naturezas; a natureza velha que nunca pode ser boa enquanto ele viver e a nova que nunca pode ser manchada porque é de Deus. Romanos 7:22-25 "Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."
6. Ele não mais é um inimigo de Deus mas um filho de Deus. I João 3:2-3 "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro."
7. Ele não mais está perdido. Lucas 19:9-10 "E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." Os filhos d e Abraão são aqueles "da fé". Gálatas 3:7 "Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão." Se ele é salvo, não é perdido. Se ele é salvo, tem sido encontrado. Se ele é salvo, não está em posição de perigo em relação ao seu estado eterno.
8. Seus pecados são perdoados quando ele é salvo pela fé. Lucas 7:48-50 "E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz."
9. Ele está nas mãos de Deus, o Pai, e de Deus, o Filho, Jesus Cristo, e ninguém pode arrebatá-lo das mãos deles. Col 3:1-4 "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;  Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória."
10. A pessoa salva é considerada como crucificada e ressuscitada de entre os mortos com Cristo o qual, agora, está no céu para interceder por ela. Gálatas 2:19-21 "Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde." Gálatas 5:24 "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências."
SEGURANÇA NÃO É DESCULPA PARA PECAR
Estas palavras não devem ser destorcidas para significar que uma pessoa salva possa cometer pecado e ficar por isso mesmo. A segurança eterna de uma alma, verdadeiramente, regenerada não dá a ela a permissão para pecar , nem uma desculpa para pecar. Deus diz que nós não transformemos Sua graça em uma desculpa para fazer o mal. "Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.", Judas 1:4. Se alguém usa a doutrina da segurança para justificar seus pecados, ele, provavelmente, não é uma alma, verdadeiramente, regenerada. Se ele é, na verdade, salvo, então ele se tornou um filho de Deus e será castigado por seu Pai do céu. "Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.", Hebreus 12:6-8. Alguns pensam que se salvação fosse uma coisa segura, os crentes tornar-se-iam descuidados em seus deveres e tornar-se-iam mundanos. Não seja assim, disse Paulo. "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.", Tito 2:11-14. João disse que "E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.", I João 3:3. Jesus disse à mulher que foi pegada em adultério mas que se arrependeu: "E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." João 8:11.
SALVO PARA AS BOAS OBRAS
Nós somos salvos pela graça, através da fé, e isto não vem de [nossas] obras. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;", Efésios 2:8-9. Mas o versículo seguinte nos diz que somos salvos para as boas obras e para fazer o que Deus, de antemão, preparou para nós. "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.", Efésios 2:10. Deus não somente "conhece" aqueles que são, verdadeiramente, Seus mas eles devem viver uma vida santa. "Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.", II Timóteo 2:19.
É aquele que não faz as obras mas crê que será salvo. Ele não confia no que ele pode fazer mas no que Jesus Cristo fez por ele. Então, a justiça de Cristo é imputada ou creditada em sua conta. Romanos 4:4-8 diz: "Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado."
Salvação não é uma mistura de fé e de nossas obras. Tem que ser uma coisa ou outra. Romanos 11:6: "Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra."
Agora, aquele que é salvo pela graça é que faz a obra e fará a obra de acordo com a Palavra. Fé verdadeira traz obras reais.
FÉ É ENTREGA DE SI MESMO A DEUS
A fé salvadora (fé viva) não é só o reconhecimento dos fatos bíblicos sobre pecado e salvação. Até mesmo os demônios crêem e estremecem. "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?", Tiago 2:19-20. Este versículo não diz que fé mais obras trarão salvação; ele diz que a fé sem obra é fé morta, não uma fé viva ou salvadora. Este tipo de fé não é suficiente. [Fé salvadora] é mais do que assentimento mental ou sentimento; é confiança. A verdadeira fé é uma rendição à vontade de Deus, uma entrega total a Deus. Então a pergunta é esta: "Pode Deus guardar o que entregamos a Seu cuidado?" Paulo confiou que Deus cuidaria de seu depósito. "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu tenho sabido em quem tenho crido, e tenho sido persuadido de que é poderoso para guardar o meu depósito que lhe confiei, até aquele dia.", II Timóteo 1:12 [tradução literal]. Nós não conservamos a nós mesmos salvos, mas nós entregamos o problema inteiro de nossa salvação para nosso justo juiz que aceitou o sangue de Jesus como pagamento completo de nossos pecados. Nós somos aceitos no Amado, Jesus Cristo, pois Ele morreu em nosso lugar. "Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado," Efésios 1:6.
A POSIÇÃO JUDICIAL DO CRENTE PARA COM DEUS
Um aspecto básico e significante de nossa salvação eterna é chamado de justificação. Esta é nossa posição com Deus. Ela significa que no tribunal de Deus, nós fomos declarados inocentes, isto é, sem culpa. Fomos inocentados de todas as acusações. Não há ninguém que nos condene. "Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.", Romanos 8:31-34. Como pôde Deus nos considerar inocentes quando, na realidade, nós todos somos culpados diante de Deus? "Jesus pagou por tudo", é a resposta. Jesus foi feito uma oferta de pecado, em nosso benefício e em nosso lugar, para que pudéssemos ser declarados justos. "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fóssemos feitos justiça de Deus.", II Coríntios 5:21.
Justificação não é o que pensamos sobre salvação. Não é um sentimento que temos, nem é a interna habitação do Espírito de Deus em nós para nos guiar. É o que Deus tem determinado sobre nosso pecado. Não é o mesmo que perdão mas, muito mais, é a remoção da sentença de culpa.
Nós somos justificados pela fé salvadora. Veja estes versículos:
1. Romanos 3:30 "Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão." Isto diz que Deus justifica judeus e gentios da mesma maneira: pela fé.
2. Romanos 3:28 "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.". O judeu estava sob a lei, mas a lei não o salvava; ela o condenava.
3. Gálatas 2:16 "Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada."
4. Gálatas 3:11 "E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé." Guardar a lei não salvará, pois ninguém pode guardá-la!
5. Atos 13:39 "E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê." A lei não salva mas os verdadeiros crentes em Cristo são eternamente justificados ou salvos de todas as suas exigências.
6. Romanos 3:24 "Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." A graça dá, gratuitamente, genuína salvação para o verdadeiro crente.
7. Lucas 18:14 "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado." O fariseu exaltava ele mesmo e tentava ser justificado pelo que ele fazia, mas não era aceito. O publicano que confessava que ele era um pecador e lançou-se sob as misericórdias de Deus, foi para casa justificado.
8. Romanos 8:28-30 "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." Se alguém é justificado, ele será glorificado. O resultado final é sermos glorificados e sermos à semelhança de Cristo. Todas as coisas juntamente cooperam para este fim.
9. Romanos 4:24-25 "Mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação." Jesus morreu (foi entregue) por nossos pecados e isto trouxe reconciliação entre Deus e nós. Mas se ele não tivesse sido ressuscitado dentre os mortos, nossos pecados não teriam sido pagos e não teriam justificação.
VIDA ETERNA
João 10:27-29 "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." Observe o seguinte:
1. Antes da criação do mundo, Deus determinou dar vida eterna a Seu povo. II Timóteo 1:8-9 "Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;"
2. Deus [nos] prometeu o que Ele determinou, isto é, a vida eterna. I João 2:25 "E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna." Tito 1:1-2 "Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;" Esta promessa é para aqueles que crêem n'Ele.
3. Deus [nos] dá exatamente o que Ele determinou e prometeu. Isto é, a vida eterna. João 10:27-28 "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão." I João 5:10-11" Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.". Romanos 6:23 "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.".
4. Crentes recebem e têm exatamente o que Deus determinou e prometeu e dá. Isto é, a vida eterna. João 5:24 "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.". Isto NÃO diz que o crente receberá vida eterna no futuro; ele [já] a tem, agora. E ele nunca entrará em julgamento a respeito da penalidade do pecado, no futuro. Ele, verdadeiramente, passou do estado de "morto" para o estado de "vivo". Ele nunca morrerá. Jesus disse a Marta que o crente nunca morrerá. João 11:26 "E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?".
Vida eterna não é de curta duração; é para sempre. Ela começa no momento do arrependimento e fé, e é um presente de Deus. Não é ganha por merecimento. Nunca se acabará.
DEUS CUMPRIRÁ SUA OBRA NO VERDADEIRO CRENTE
O crente não é somente justificado, ou declarado judicialmente inocente de todas as culpas, ele é também afetado no interior. Deus realiza uma obra nele.
1. Isto é chamado de regeneração. É o novo nascimento. I Pedro 1:23 "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.". João 3:6-7 "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." .
2. É o recebimento de uma nova natureza. II Pedro 1:4 "Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo."
3. Este é o trabalho do Espírito Santo que se comunica com o espírito da pessoa salva para fazê-la saber que ela é salva. Romanos 8:16 "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.". I João 5:10 "Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.".
4. Satanás não pode tocar o interior do verdadeiro crente. I João 5:18 "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.".
5. O Espírito Santo dentro do crente é maior do que Satanás. I João 4:4 "Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.".
6. Este trabalho que é começado no verdadeiro crente será completado. Filipenses 1:6 "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;". Filipenses 2:13 "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.". Hebreus 13:20-21 "Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém.".
CRENTES VERDADEIROS NUNCA PERECERÃO
1. João 10:28 "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.".
2. João 3:15-16 "15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.". Se nossa vida espiritual é eterna, então ela não é capaz de perecer. Nós estamos nas mãos de Deus e NINGUÉM pode nos arrebatar de Suas mãos.
DEUS É TANTO O AUTOR COMO O CONSUMADOR DE NOSSA FÉ
1. Hebreus 12:2 "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.". Ele planejou nossa salvação. Ele a começa e completa.
2. Filipenses 1:6 "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;". O trabalho final de Deus será perfeito.
3. Hebreus 5:9 "E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;".
4. Paulo disse que estamos "... esperando a manifestação de n osso Senhor Jesus Cristo, O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo."                   I Coríntios 1:7-8. Nós não somos impecáveis, agora, mas o seremos quando Cristo voltar.
NÓS NÃO PODEMOS NOS CONSERVAR SALVOS
Em João 10:27-29, o povo de Deus é chamado de ovelhas. Jesus, o Grande Pastor de nossas almas, disse muitas coisas nestes poucos versículos.
1. Suas ovelhas ouvem a sua voz e o seguem.
2. A elas são dadas vida eterna (não temporária).
3. Elas estão nas mãos do Senhor, isto é, sob seu cuidado. Por esta razão, a incumbência de nos guardar salvos é Seu trabalho divino em nós.
Em I Pedro 1:3-6, nós aprendemos que nascemos de novo e temos uma esperança viva por causa da misericórdia de Deus.
1. Nossa herança é incorruptível e incontaminável. É reservada para nós. É segura.
2. Nós somos guardados pelo poder de Deus, não pelo nosso.
3. Agora, nós podemos ter motivo para ter aflições por causa de muitos sofrimentos, mas podemos regozijar [nelas].
NADA E NINGUÉM PODE NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS
Romanos 8:35-39 é enfático e claro sobre este assunto: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.". NADA, absolutamente nada, pode nos separar do amor que Deus tem por nós.
CRENTES SÃO SELADOS PARA A REDENÇÃO PELO ESPÍRITO SANTO
Efésios 4:30 "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.". Uma boa pergunta para se fazer é: "Quando aconteceu este selamento?" Paulo responde à pergunta em Efésios 1:12-14 "Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.".
Aqueles que "primeiramente esperamos" são, aparentemente, os judeus que creram em Cristo; e aqueles que, posteriormente, ouviram a palavra e confiaram, foram os crentes gentios. A Versão Autorizada pode deixar a idéia para alguns que o selamento é uma coisa separada que acontece após a salvação, mas é claro na linguagem original que, "em tendo nele também crido", [neste mesmo momento] eles eram selados. O crer coloca-os em uma condição ou posição selada. A idéia é que tão logo a pessoa creia, ela é selada para sempre. Este selamento é penhor da nossa herança. Nós receberemos nossa possessão adquirida, somente, na nossa ressurreição, na nossa glorificação. O selo é para nos dar segurança de que o que Deus começou em nós, Ele concluirá.
Este selamento é a prova de que receberemos todas as demais coisas da herança uma vez que somos filhos e herdeiros de Deus. Paulo disse em II Coríntios 1:22: "O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações." . Ele também ensinou que o Espírito Santo testifica com nosso próprio espírito para nos fazer saber que somos filhos de Deus. Romanos 8:16 "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.". E João disse: "Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho." I João 5:10-11.. "E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai." Gálatas 4:6
Nós somos filhos de Deus e portanto Seus herdeiros. Nós somos chamados de "co-herdeiros com Cristo." Romanos 8:17 "E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.". Se nós tivéssemos sido admitidos na família de Deus por algum mérito de nós mesmos, nós poderíamos dizer que poderíamos perder nossa salvação, pois ela dependeria de nós. Mas desde que ela é um presente e eu não mereço coisa nenhuma que Deus tenha me dado, eu tenho certeza de que Deus me guardará como Sua criança, Seu filho e Seu herdeiro.