A APOSTASIA DOS ÚLTIMOS
TEMPOS
Paulo nos
alerta que o dia de Cristo, o dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela
nossa reunião com Ele, não chegará antes venha a apostasia, e se manifeste
o homem do pecado, o filho da perdição, que se opõe, e se levanta contra tudo o
que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo
de Deus, querendo parecer Deus. (2 Tessalonicenses 2:2-4).
A
apostasia já está presente no mundo, onde vemos pessoas abandonando a comunhão
dos santos, e negando a congregação dos irmãos.
Mas essas
pessoas não apenas se negam a congregar com os irmãos, elas negam também a
comungar com os irmãos, negando assim a fé comum.
Ao
negarem a fé comum, os apóstatas se opõe e se levantam contra tudo o que se
chama Deus, ou que se adora proferindo mentiras e enganado os incautos. Vejamos:
Se opõem contra a Ceia do Senhor dizendo que ela não é santa e não precisa mais ser praticada porque Jesus está vivo e não precisamos fazer algo em memória dele como se ele estivesse morto.
A VERDADE DA BÍBLIA
Uma característica marcante
da primeira carta de Paulo aos Coríntios é a ênfase na resolução de tensões
entre a doutrina e a prática cristã. Existe uma abundância de exemplos sobre
comportamentos e doutrinas que Paulo precisou corrigir através desta carta.
Além de problemas morais, relacionais e doutrinários, a comunidade cristã em
Corinto também pecava ao reunir-se em torno da Ceia do Senhor de forma indigna.
Por isso, Paulo dirigiu uma exortação à igreja de Corinto, a fim de corrigir os
erros praticados diante da Mesa do Senhor.
A CEIA É UM MEMORIAL ATÉ QUE
CRISTO VOLTE
Os apóstatas afirmam que a
Ceia não precisa mais ser praticada porque Jesus está vivo e não precisamos
fazer algo em memória dele como se ele estivesse morto. Mas isso é uma mentira.
Vejamos:
Todo aquele que come a
minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia. (João 6:54)
Em memória não tem nada ver
com o fato de Jesus estar vivo. A lembrança é de Cristo em sua morte. Ou
melhor, na obra realizada por Cristo em sua morte.
Os apóstatas argumentam que
Cristo estava vivo quando instituiu a Ceia, e não faria sentido fazer algo em
memória de alguém vivo.
Estes apóstatas são hereges
moderninhos que pregam contra a ordenança do Senhor, a qual o próprio Senhor
Jesus instituiu quando ainda não tinha morrido, portanto em vida, e depois
quando Paulo recebeu a revelação e doutrinou os discípulos a celebrarem a Ceia,
o Senhor Jesus também estava vivo.
Foi o próprio Senhor Jesus
quem revelou a Ceia a Paulo quando o Senhor já havia ressuscitado.
Então o argumento cai por
terra porque em ambas as ocasiões, tanto quando Jesus instituiu como quando
Paulo recebeu a revelação, o Senhor estava vivo. Até porque um morto não pode
instituir e nem revelar nada.
Os apóstatas usam desse
argumento de que a Ceia não deve mais ser celebrada porque Jesus ressuscitou,
mas tal argumento é no mínimo simplista e no máximo blasfemo. Porque na cabeça
dos apóstatas a ordenança da Ceia só poderia ser celebrada no breve período de
três dias em que Jesus esteve morto no sepulcro.
Contudo, Cristo morreu e
esteve morto, sim, na carne, mas sempre esteve vivificado no espírito (1 Pedro
3:18).
Paulo diz que toda vez que
participamos da Ceia anunciamos a morte de Cristo até que Ele venha. Portanto,
o fato a ser trazido a memória é a morte de Cristo.
Tanto é verdade que Jesus
disse, em Lucas 20:19: "Isto é o meu corpo
dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Se Jesus fala sobre fazer
algo "em memória", significa, claro, relembrar de algo. Portanto, a
Santa Ceia é para lembrar de algo que está no passado - a morte de Cristo. Até
porque ninguém pode se lembrar de coisas futuras ou presentes, certo? Jesus instituiu
um memorial, e não um ritual fúnebre.
Após repreender os erros dos
coríntios diante da Mesa do Senhor, o apóstolo Paulo trouxe novamente à memória
da igreja as palavras de Jesus na última Ceia com os seus discípulos.
A doutrina que o apóstolo
Paulo reafirmou aos coríntios, encontra-se nas falas de Jesus (Mateus 26.26-29,
Marcos 14.22-25 e Lucas 22.15-20).
A diversidade e a unidade
das passagens nos evangelhos sinóticos, comparadas com o relato de Paulo
demonstram grande harmonia, revelando assim que a igreja primitiva possuía um
norte seguro para reunir-se da maneira correta diante da Mesa do Senhor.
O fato de Paulo trazer a
última Ceia de Jesus com seus discípulos para corrigir o desvio doutrinário dos
coríntios, revela que o apóstolo apoiou sua repreensão no ensino doutrinário do
Evangelho, conforme revelação do próprio Cristo.
Paulo enfatizou a celebração
da Ceia dentro da ordenança estabelecida por Cristo. Paulo teve todo o cuidado
para ensinar apenas o que Cristo ordenou. Por isso, assim como recebeu de
Cristo, ele retransmitiu o ensino sobre a Ceia do Senhor com fidelidade.
Porque eu recebi do Senhor
o que também vos entreguei (1 Coríntios 11.23).
A Ceia do Senhor é uma
ordenança, uma doutrina, um mandamento estabelecido pelo próprio Jesus Cristo.
Apesar de Paulo afirmar claramente que recebeu do Senhor a doutrina da Ceia, os
apóstatas afirmam que a Ceia não deve ser celebrada. Mas, a fragilidade desta
posição fica evidente diante da clareza da afirmação de Paulo, que não deixa
dúvidas que ele recebeu do Senhor a doutrina sobre a Ceia.
Portanto, ao trazer o relato
da última Ceia de Jesus, o apóstolo Paulo resgatou a origem da doutrina para
definir o correto entendimento da Ceia. A Mesa do Senhor é regida pelas
instruções do próprio Cristo. O problema dos coríntios tinha a ver com a adoção
de atitudes que não mais refletiam o significado do ensino doutrinário sobre a
Ceia. Ao afirmar que a doutrina foi transmitida aos coríntios, Paulo deixa
claro que os coríntios conheciam a doutrina estabelecida pelo próprio Senhor.
"Porque, SEMPRE que comerem DESTE pão e beberem DESTE cálice, vocês anunciam A MORTE do Senhor até que ele venha." (1 Coríntios 11:26)
Paulo diz: "sempre que
comerem deste pão e beberem deste cálice" - ou seja, é algo constante e
rotineiro que deve ser feito sempre. Não se trata simplesmente de uma lembrança
subjetiva, mas da manifestação ativa da continuidade e do significado presente
da morte de Cristo. O termo ‘anunciais’ tem, desde modo, um significado
profético e declarativo.
Mas, não é qualquer pão ou
qualquer vinho e nem um banquete ou uma refeição. Paulo diz que transmitiu a
Igreja algo que recebera diretamente do Senhor Jesus. E Paulo remete o assunto
à última Ceia na noite em que Jesus foi traído (1 Coríntios 11:23). A seguir
Paulo fala acerca da revelação que recebera do Senhor, e passa a mostrar qual é
ESTE PÃO E ESTE VINHO que SEMPRE devemos comer e beber anunciando A MORTE do
Senhor ATÉ que Ele venha.
Isto significa que todas as
vezes que Igreja se reúne para celebrar a Ceia do Senhor ela deve testemunhar o
caráter vicário da morte do Senhor. Assim como Israel, nos termos da velha
aliança, no banquete pascal, testemunhava a ação salvífica de Deus na
história, o povo da nova aliança tem que proclamar o significado da morte de
Jesus.
Pois recebi do Senhor o
que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, o
Senhor tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "ISTO É O MEU
CORPO, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim".
Da mesma forma, depois da
Ceia Ele tomou o cálice e disse: "ESTE CÁLICE É A NOVA ALIANÇA NO MEU
SANGUE; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". PORQUE,
sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do
Senhor ATÉ que ele venha. (1 Coríntios 11:23-26).
Anunciamos a morte do Senhor
ATÉ que ele venha. A preposição “ATÉ” expressa um limite posterior de tempo. O
termo “ATÉ” é inadequado para se referir a um marco temporal situado no
presente, mas serve apenas para determinar um limite no futuro, que neste
caso é ATÉ que ele venha.
Tenho desejado
ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo
que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus. E, tomando um
cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; pois vos digo
que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o
reino de Deus. (Lucas 22:15-18).
Foi numa véspera da Páscoa
que Jesus instituiu a Ceia. E Jesus promete que não comerá o pão e nem beberá
do fruto da videira até que a páscoa (livramento) se cumpra no reino de Deus.
De que livramento Jesus está
falando que se cumprirá no Reino de Deus?
Jesus está falando do Reino
de Deus como o cumprimento do propósito de Deus na redenção, quando Cristo
houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque
convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. E o
último inimigo a ser destruído é a morte (1 Coríntios 15:24-26).
Jesus está falando que
somente participará da Ceia novamente nas Bodas do Cordeiro.
Regozijemo-nos, e
alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as BODAS DO CORDEIRO, e já
a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me:
Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (Apocalipse 19:7-9).
Portanto, Jesus instituiu a
Santa Ceia para a Igreja praticar até a Sua volta para buscar a Sua noiva. A
promessa de Cristo de não comer ou beber novamente até que Ele volte quando o
reino vier, significa que Ele não estará comemorando as Suas bodas no céu antes
de que desça na Sua segunda vinda até pisar a terra com a Sua noiva.
A ideia declarada acima é
reforçada no final da passagem de Lucas 22:29,30, quando Cristo diz o seguinte:
“E eu vos destino o reino, como meu Pai me destinou, para que comais e bebais à
minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos
de Israel.
.
Mais uma vez, Jesus fala de
comer e beber durante o reino. Este é o momento em que terá início a comunhão
pessoal nossa, já com corpos glorificados, já como Noiva desposada, com o nosso
Salvador. Assim, se segue que este será o tempo da Ceia das bodas do Cordeiro
celebrada com os vários redimidos dos séculos em que Cristo buscou a sua noiva.
Mateus 26:29 é uma passagem
paralela de Lucas 22 e diz: "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da
vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai”. Ou seja, Jesus somente
comerá do pão e beberá do fruto da videira novamente quando vier o fim,
quando Ele entregar o reino ao Deus e Pai (1
Coríntios 15:24).
A CEIA NÃO É UMA REFEIÇÃO
Os apóstatas afirmam que
Paulo não estaria doutrinando a Igreja, mas repreendendo os cristãos de Corinto
por estarem celebrando algo que não devia ser celebrado. Mas, isso é só mais
uma mentira. Vejamos:
Quando, pois, vos reunis
no mesmo lugar, não é a Ceia do Senhor que comeis (1 Coríntios 11:20).
Os apóstatas ensinam que
quando Paulo fala da Mesa do Senhor, ele pensava em uma refeição apenas. Desta
forma, a prática que ele reprova é o abuso na refeição e o menosprezo dos ricos
com os mais pobres.
Para o apóstolo, uma
comunidade dividida podia até banquetear-se, mas não se alimentaria do Senhor.
Essa era a situação da igreja de corinto. Eles se reuniam para comer e beber,
mas a Ceia do Senhor não era servida, porque a doutrina apostólica não foi seguida.
Na perspectiva de Paulo, qualquer celebração da Ceia do Senhor que contradiga a
doutrina apostólica é falsa e ilusória. Por isso, não é de admirar que Paulo
tenha afirmado que aquilo que eles comiam não era a Ceia do Senhor. Eles não
tinham consciência da presença do Senhor na Ceia, e nem se recordava da morte
do Senhor. Uma reunião assim não poderia ser chamada de Ceia do Senhor.
Os apóstatas estão na
Internet tentando anular uma ordenança que o Senhor deixou, que é a celebração
da Ceia do Senhor.
Quando Paulo recebeu a
revelação e doutrinou os coríntios do modo correto de celebrar a Ceia, ele não
estava escrevendo para judeus, mas para gregos convertidos do paganismo. Ou
seja, pessoas que não tinham nenhuma conexão com a páscoa dos judeus.
Paulo precisou corrigir os
coríntios porque eles tinham transformado a Ceia numa refeição sem discernir o
que a Ceia significava. Isso eles provavelmente tinham trazido dos costumes
cerimoniais dos pagãos gregos com seus banquetes descontrolados.
Essa transformação da Ceia
em uma refeição qualquer é vista hoje nos apóstatas que se afastaram das
denominações, e nessa refeição recebem até incrédulos, com o argumento de que a
Ceia significaria repartir alimento com os menos favorecidos.
O diabo tem conseguido usar
alguns de seus "ministros de justiça" (2 Coríntios 11:15) para
influenciar cristãos a se recusarem a fazer aquilo que o Senhor instituiu, e
usam para isso de raciocínios falazes.
Durante séculos cristãos
relembraram o Senhor e anunciaram sua morte, e agora aparecem alguns apóstatas
enviados por um "anjo de luz", travestidos de "ministros de
justiça", para argumentar e promover desobediência à mais preciosa das
duas únicas ordenanças que o Senhor nos legou (a outra é o batismo, que os
apóstatas também renegam). Esses ímpios se acham com maior autoridade do que o
próprio apóstolo Paulo para dizer que não é para fazer aquilo de que Jesus
disse: "Fazei em memória de mim".
Geralmente os apóstatas
criticam as denominações, ganhando assim a simpatia dos que estão cansados dos
abusos de falsas denominações e falsos pastores. Mas não se engane: Satanás
sabe muito bem como cativar pessoas de diferentes gostos, e como existe hoje
uma tendência de se criticar o que fazem os mercadores da fé, então o diabo
ataca também nessa seara.
Não siga os ventos de
doutrina seguindo esses que negam a Verdade, ou que ensinam que quando Paulo
revelou as palavras do Senhor para ele ("fazei isto em memória de
mim"), estivesse querendo dizer "não fazei isto em memória de
mim". A esses bem cabe a advertência de Isaías: "Ai dos que ao mal
chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do
amargo doce, e do doce amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e
prudentes diante de si mesmos!" (Isaías 5:20-21).
Mas o que encontramos na
prática dos primeiros cristãos?
"E perseveravam na
doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
(Atos 2:42).
"E no primeiro dia da
semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de
partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à
meia-noite." (Atos 20:7).
"Porque eu recebi do
Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto
é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é
o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em
memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este
cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." (1 Coríntios 11:23-26).
Portanto, quando celebramos
a Ceia do Senhor partimos o pão no sentido de quebrar o pão, mas quando fazemos
caridade repartimos alimentos e bens com os menos favorecidos, mas isso nada
tem a ver com a Ceia do Senhor ou então estaríamos dizendo que até pagãos e
ateus "partem o pão".
Não tendes, porventura,
casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os
que nada têm? (1 Coríntios 11.22).
Paulo faz perguntas
retóricas para confrontar os coríntios que estavam deturpando o significado da
Mesa do Senhor, questionando se eles não tinham suas próprias casas para comer
e beber suas refeições.
Essa argumentação retórica
aponta para um fato que não pode ser ignorado na interpretação da passagem. O
fato é o seguinte: os coríntios não podiam colocar a Mesa do Senhor no mesmo pé
de igualdade com as refeições que eles realizavam em seus lares.
Considerando que na
conclusão da exortação, Paulo desenvolve o argumento de que eles devem comer
nos seus próprios lares (1 Coríntios 11.33,34), fica evidente que o apóstolo
tinha em mente que a Ceia do Senhor não podia ser tratada como uma refeição.
O erro dos coríntios era
exatamente tratar a Mesa do Senhor no mesmo pé de igualdade com suas refeições.
Ou seja, a Ceia do Senhor requer conformidade com a doutrina estabelecida. Não
guardar a doutrina é o mesmo que transformar a Ceia numa mesa de juízo de Deus.
Da mesma forma que Paulo
reprovou os cristãos da igreja de Corinto que não seguiam a doutrina sobre a
Ceia do Senhor, a mesma reprovação alcança a todos cristãos que hoje
negligenciam a doutrina da Ceia do Senhor ordenada por Cristo.
NÃO PODEMOS PARTICIPAR DA
CEIA INDIGNAMENTE
Os apóstatas afirmam que não
é pecado não participar da Ceia, mas isso é só mais uma mentira. Vejamos:
Não participar da Ceia
significa falta de discernimento do corpo e do sangue de Cristo, por ignorar o
verdadeiro significado do pão e do cálice, e por supor que o memorial seja um
ritual morto, menosprezando assim o tremendo preço que nosso Salvador pagou por
nossa salvação.
O pão é o corpo de Cristo. O
vinho é o seu sangue. O corpo e o sangue de Cristo. E todo aquele que comer o
pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de PECAR CONTRA O
CORPO E O SANGUE DO SENHOR. (1 Coríntios 11:27).
Se fosse só uma refeição,
uma comida qualquer, pouco importaria a forma como comemos. Mas é pecado comer
o corpo de Cristo e beber o seu sangue INDIGNAMENTE.
É importante ressaltar que
somos por natureza indignos de participar da Mesa do Senhor, e não é disso que
o texto trata. Mas, da forma indigna de participar da Ceia sem discernir o
corpo e o sangue de Cristo. Se dignidade meritória fosse requerida, ninguém
poderia participar da Mesa do Senhor.
Paulo exorta a igreja de
Corinto a não participar da Ceia do Senhor indignamente. Muitas pessoas
interpretam este texto como sendo uma exortação a respeito de pecados
ocasionais ou ocultos, mas na verdade a exortação de Paulo é em relação à perda
de significância da Santa Ceia do Senhor para algumas pessoas.
O corpo de Cristo é o templo
de Deus. Jesus afirmou que os judeus derrubariam o templo de Deus, e em três
dias Ele o levantaria. Quando Jesus disse isso Ele falava do templo do seu
próprio corpo que fora derrubado e reerguido em favor de muitos (João 2:19-21).
O sangue de Cristo é a tinta
usada na firma da Nova Aliança, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados (Mateus 26:28).
Encarar essa exortação de
Paulo como sendo especificamente acerca de um pecado ocasional ou não
confessado, por exemplo, traz alguns problemas. Quem pensa assim geralmente
entende que esse pecado afasta a pessoa apenas da participação da Santa Ceia do
Senhor. Mas na verdade, participar da Ceia sem discernir o corpo é pecado
grave. Não participar da Ceia também é não discernir o corpo que foi entregue
em favor de muitos, e também não discernir as Escrituras e a fé que diz seguir.
Portanto, participar da Ceia
do Senhor esquecendo-se do seu real significado, é participar indignamente. Por
banalizar o sacrifício de Cristo em favor de muitos, e profanar a comunhão com
Cristo, tal pessoa acaba trazendo sobre si mesma condenação e morte.
Antes de participar da santa
Ceia, devemos nos examinar para ver se estamos de fato discernindo que o pão e
o vinho são o corpo de Cristo e o sangue da Nova Aliança em favor de muitos.
Caso contrário traremos julgamento contra nós mesmos.
Por isso muitos estão
fracos e doentes e alguns até morreram (1 Coríntios 11:28-30).
Portanto, comer e beber a
Ceia como se fosse uma simples refeição, uma coisa comum ou sem fazer um juízo
próprio, é comer e beber "indignamente". É ser culpado, não apenas de
desonrar a Pessoa ali representada, como seu corpo e seu sangue, cujas figuras,
pão e vinho, estão sendo tratadas com tamanha indiferença.
Devemos ter em mente nossa
extrema culpa, que demandava o juízo divino, o qual foi satisfeito pelo valor
infinito do sofrimento de Cristo atingido pelo juízo contra o nosso pecado
lançado sobre Ele, e pela graça que assim nos alcançou. Para o cristão não
deveria existir um momento mais importante e solene do que este em que ele
relembra, sob a ordem do Senhor, a causa primeira de sua salvação eterna.
Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria Ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague (1 Coríntios 11.21).
Os apóstatas afirmam que a
indignidade diante da Ceia tem relação direta com a demonstração de egoísmo que
os coríntios manifestaram com outros membros na questão alimentar. Assim, a
indignidade era a atitude egoísta dos ricos, e não uma desobediência
doutrinária.
Os apóstatas
afirmam também que Paulo queria resolver um problema social na igreja de
Corinto, e não estabelecer uma doutrina sobre a celebração da Ceia do Senhor.
Para eles, indignidade estava relacionada com a postura dos ricos humilhando os
pobres.
Porém a verdade bíblica é
que Paulo descreve a origem do problema, que era a divisão. Os coríntios
divididos na igreja estavam tomando a Ceia uns antes dos outros. De fato, havia
uma tensão entre ricos e pobres na igreja de Corinto.
Ao ordenar que eles
esperassem uns pelos outros, Paulo estava lembrando aos cristãos da comunidade
que eles deviam celebrar a Ceia juntos, pois a unidade é uma das implicações da
Mesa do Senhor (1 Coríntios 10:17).
Se alguém tem fome, coma
em casa, a fim de não vos reunirdes para juízo (1 Coríntios 11:34).
Paulo se dirige aos mais
pobres que em algumas situações tiveram fome, por causa do egoísmo de alguns
coríntios ricos. A ordem de Paulo foi para que eles fizessem suas refeições em
suas próprias casas. Da mesma forma, embora houvesse pobres na igreja, eles não
eram miseráveis que não tinham o que comer. No contexto da passagem, eles
poderiam comer em suas casas.
De acordo com a
instrução de Paulo, os mais pobres deveriam comer em casa, isto porque a Mesa
do Senhor não era para matar a fome física. Antes, quando eles se reuniam para
participar da Ceia do Senhor, eles deveriam alimentar-se de Jesus Cristo. Os
coríntios precisavam entender que Jesus é o alimento. Isto não quer dizer que
as necessidades dos pobres não devam ser assistidas. Quer dizer que a Mesa do
Senhor não deve ser confundida com uma refeição.
Em termos de princípio,
pode-se deduzir que de acordo com o testemunho de Paulo a Ceia do Senhor não
deveria ser equiparada a uma refeição. Essa clara distinção que Paulo faz entre
a refeição e a Mesa do Senhor mostra que é impossível sustentar, sem muitas
dificuldades, a noção estabelecida em círculos liberais, e sobretudo pelos
apóstatas contemporâneos, que a Ceia do Senhor deve ser vista como uma
refeição.
Quando a Igreja se reúne
para comer o pão e beber o vinho, eles não estão simplesmente matando a fome
de pão, mas celebrando a nova aliança com base no sacrifício de Jesus e
alimentando-se do próprio Cristo.
Havia uma
doutrina sobre a Ceia do Senhor como um princípio geral que os coríntios
estavam violando. Não se trata, nem de longe, de negar o problema de
desigualdade social.
Porém, não podemos reduzir a
questão do conflito entre pobres e ricos como uma indignidade passível de
morte, ainda mais diante do ensino geral da doutrina cristã sobre a Ceia do
Senhor.
Paulo resgata o relato da
última Ceia para definir a postura correta diante da Ceia, e relembrar o
sentido da Ceia ordenado por Jesus Cristo.
A CEIA É SANTA
Os apóstatas se
opõem contra a Ceia dizendo que ela não é santa. Mas, isso é apenas mais uma
mentira. Vejamos o contexto para ver como Paulo enxergava a Santa Ceia:
A Ceia sempre teve apenas
dois elementos: o vinho e o pão. Estes elementos são os mesmos com que o
Sacerdote Melquisedeque abençoou a Abraão, o qual é pai de todos nós (Genesis
14:18).
"Não é verdade que o
CÁLICE da bênção que ABENÇOAMOS é a PARTICIPAÇÃO no sangue de Cristo e que o
pão que PARTIMOS é a PARTICIPAÇÃO no corpo de Cristo?" (1 Coríntios 10:16).
Paulo afirma que a Santa
Ceia é a participação do crente no sangue imaculado de Cristo. Ora, se a Ceia
envolve o corpo e o sangue de Cristo, então ela é santa. E vou mostrar o motivo:
O cálice é abençoado. Mas,
Paulo afirmou que PARTICIPAR da mesa envolve a comunhão com o ser ao qual a
adoração está sendo dirigida. Portanto, um cristão ao participar da Mesa do
Senhor está em comunhão com o Senhor. Participar é tomar parte do corpo e do
sangue, de acordo com Paulo. O apóstolo explica que participar significa ter
uma parte, ou união com a divindade.
Partir o pão é ter parte com
o Senhor através da comunhão com nossos irmãos.
"Vocês não podem
beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da
Mesa do Senhor e da mesa dos demônios. (1 Coríntios 10:21).
Paulo usa a santa Mesa do
Senhor, e a contrasta com a profana mesa dos demônios. Ou seja, a Ceia é santa
porque é a Mesa do Senhor.
A CEIA NÃO É A PÁSCOA JUDAICA
Os apóstatas se opõem
contra a Ceia dizendo que ela é a Páscoa judaica. Mas, isso é apenas mais uma
mentira. Vejamos:
Claramente podemos traçar um
paralelo entre a Ceia do Senhor e a Páscoa. Porém não devemos cometer o erro de
confundir a Santa Ceia com a Páscoa judaica.
O paralelo que podemos
estabelecer é principalmente pelo fato de que Cristo é a nossa Páscoa. Ele foi
sacrificado por nós como um cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7). Por isto Ele é o
verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Seu corpo moído na cruz
e partido na Ceia, e seu sangue derramado na cruz e abençoado na Ceia, proveram
a redenção de seu povo.
A Nova Aliança foi
evidenciada na Ceia antes da morte de Jesus Cristo. Ali Jesus celebrou a última
Páscoa, e instituiu a Ceia. Ele também deu as recomendações necessárias para
que seu povo observasse essa ordenança até o dia de sua volta.
Enquanto os judeus comemoram
a Páscoa esperando um novo livramento como o Êxodo, os cristãos participam da
Santa Ceia do Senhor lembrando do seu sacrifício. O Salvador que deu sua vida
em resgate de seu povo, em breve voltará e juntos cearemos com Ele.
Na Páscoa o cordeiro assado
era o símbolo do Cristo que seria sacrificado, mas na Ceia que celebramos e que
foi revelada a Paulo, havendo Cristo já sido morto e ressuscitado, o símbolo é
o pão, não o cordeiro assado. O pão partido representa morte e o vinho separado
em um cálice é figura do sangue da Nova Aliança, o que também tem sua vigência
por meio da morte do testador.
A Páscoa judaica era uma
figura do sacrifício de Cristo; a Ceia do Senhor é um memorial do sacrifício de
Cristo e um anúncio de sua morte. Na Páscoa no Egito o sangue do cordeiro foi
passado nas ombreiras das portas das casas dos hebreus; na Ceia do Senhor o
vinho, figura do sangue do real Cordeiro que é Cristo, é bebido.
O SIGNIFICADO
DA CEIA
A natureza da Ceia de Jesus
com seus discípulos nos evangelhos sinóticos tinha o caráter de uma celebração
sacrificial. Pode-se chegar a essa conclusão observando a introdução à
narrativa da última Ceia do Evangelho de Lucas, bem como a linguagem vicária e
sacrificial, que é comum em todos os evangelhos sinóticos e também no texto
paulino.
Que o Senhor Jesus, na noite
em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é
o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante
modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a
nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim (1 Coríntios 11.23-35).
O Evangelho de Lucas não
deixa dúvida que o contexto da última Ceia de Jesus com seus discípulos
transcorreu numa cerimônia pascal:
Chegada a hora, pôs-se Jesus
à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer
convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a
comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus. (Lucas 22.14-16).
Além da evidência de Lucas
acerca do contexto pascal da última Ceia de Cristo com os seus discípulos,
todos os evangelhos sinóticos, bem como o texto paulino, registram a linguagem
vicária da entrega que Jesus fez de si mesmo. Todas as narrativas concordam que
Jesus entregou a si mesmo de maneira vicária em favor de muitos.
Assim, na última Ceia de
Jesus com os seus discípulos, ele se referiu a sua morte na cruz como uma morte
sacrificial, ou seja, uma morte vicária para a remissão dos pecados de
muitos.
O entendimento que os
cristãos primitivos tiveram, inclusive Paulo, era que a Ceia do Senhor
significava uma celebração da nova aliança fundamentada na morte de Jesus em
lugar do seu povo. Pode-se chegar a essa conclusão considerando que, Paulo já
havia feito alusão ao pão asmo, referindo-se a Jesus como ‘nosso cordeiro da
páscoa’ que foi sacrificado, e isso mostra que, para Paulo, as palavras ditas
na Última Ceia significam que Jesus estava cumprindo o papel sacrificial do
cordeiro no estabelecimento da nova aliança.
Este contexto sacrificial é
evidenciado na repreensão que Paulo faz aos coríntios. Jesus Cristo estabeleceu
a Ceia para que os seus discípulos pudessem alegrar-se no perdão de Deus, com
base no sacrifício que ele fez de si mesmo, de uma vez por todas.
A base da Ceia sacrificial
encontra-se no próprio sacrifício: por causa de seu caráter expiatório, o
sacrifício abre caminho para o comer o pão e beber o vinho com um coração que
se alegra no favor de Deus.
O SIGNIFICADO DO PÃO E DO
VINHO
Na última Ceia
com os seus discípulos, Jesus Cristo deu significado ao pão e ao vinho e os
relacionou com o seu corpo e o seu sangue. Portanto, a relação do pão e do
vinho com o corpo e o sangue de Cristo é incontestável.
Para entendermos o sentido do pão e do vinho temos que continuar mantendo o foco no contexto sacrificial da última Ceia de Jesus com os seus discípulos, onde Jesus e os seus discípulos não estavam realizando o sacrifício da Páscoa requerido pela lei.
Dentro do contexto sacrificial, o Senhor Jesus, inaugurou a nova aliança, onde o seu sangue representa a base e a inauguração de um novo relacionamento dos discípulos para com Deus.
Assim, dentro do contexto sacrificial da Ceia de Jesus com os seus discípulos, tanto o pão quanto o vinho são os símbolos do seu sacrifício. Da mesma forma que a refeição pascal pressupunha o sacrifício de um cordeiro, os discípulos todas as vezes que comessem o pão e tomassem o cálice, deviam lembrar que o pão e o vinho, daquele momento em diante, simbolicamente representariam o sacrifício do próprio Cristo. Jesus não estava se sacrificando na Ceia, mas instituindo os elementos visíveis que serviram como sinais do sacrifício absoluto que ele realizaria na cruz do calvário.
Entretanto, apenas a
elucidação da comparação simbólica do corpo e do sangue de Cristo com o pão e o
vinho, por si mesma, não faz justiça ao texto sagrado em sua totalidade. Além
do uso específico que Cristo fez, é preciso considerar a promessa de que seu
corpo seria uma comida e seu sangue seria uma bebida (João 6:50-56).
Neste ponto é
importante considerar a visão de Paulo, com base na explicação que ele fez sobre
a Mesa do Senhor em 1 Coríntios 10.16-21. Para o apóstolo, o alimento do povo
de Deus é Cristo (1 Coríntios 10.4). Desta maneira, quando o povo de Deus se
reúne para a Ceia do Senhor deve ter a consciência que comer do pão e beber do
vinho implica em receber o Cristo para ter comunhão com ele.
Para Paulo, ser participante
da Mesa do Senhor, estabelece uma comunhão, dá acesso a uma realidade
representada pelo pão, pelo vinho, por uma mesa, um alimento. Assim como
participar da mesa dos demônios também dá acesso a uma realidade.
No dizer de Paulo, a Mesa do
Senhor também apontava para a unidade do povo de Deus (1 Coríntios 10.17).
Mesmo sendo a igreja do Senhor composta por muitos irmãos e irmãs, quando todos
se reúnem para a comunhão com Cristo, o pão único representa que o povo de Deus
é um só corpo. Comer pão junto na Ceia une os participantes e forma um vínculo
de unidade, assim a Ceia instituída por Cristo comunica uma realidade de
comunhão tanto vertical como horizontal.
EM MEMÓRIA DE MIM
Ao trazer o relato da última
Ceia, Paulo reafirmou aos coríntios que a Mesa do Senhor deve ser celebrada em
memória de Jesus Cristo.
A Ceia do Senhor, através do
pão e do vinho, simboliza e representa Cristo. Ao participarmos da Mesa do
Senhor, de alguma forma, mantemos comunhão com Ele. Assim, a noção de simples
memorial não contempla o ensino de Jesus e de Paulo sobre a Ceia do Senhor.
É necessário voltar ao
contexto pascal da última Ceia de Jesus com os seus discípulos, pois o sentido
da Mesa do Senhor está ligado ao contexto sacrificial da última Ceia. Cristo é
o cordeiro pascal (1 Coríntios 5:9) que entregou sua vida como sacrifício
vicário para a remissão dos pecados do seu povo. A morte de Cristo é o único
caminho para a redenção. Desta forma, lembrar de Cristo na Ceia é recordar do
valor infinito de seu sacrifício. É trazer à memória que a única forma de estar
diante de Deus é através do sangue de Cristo derramado para remissão dos
pecados.
Na Páscoa judaica, o líder
de cada família reconta a história dos eventos nacionais do passado para
lembrar a cada participante de que ele tem uma continuidade com esses eventos.
Algo semelhante pode estar em mente na ordenança cristã, obrigando aqueles que
participam dela a se lembrarem da morte de Cristo não somente como um ato
passado, mas como uma realidade presente.
Os coríntios descartavam a
memória da obra de sacrificial de Jesus. Ao invés de participar da Ceia do
Senhor em seu contexto sacrificial, não era a Ceia do Senhor que eles comiam
negligenciando os termos da ordenança de Jesus.
Em nossos dias, mais do que
nunca, precisamos reafirmar que a doutrina da Palavra de Deus precede, define e
orienta a prática da igreja. Dito isto, nosso grande desafio é a reafirmar
novamente o conteúdo doutrinário que Jesus instituiu na Ceia com seus
discípulos, que é o mesmo que Paulo aplicou à igreja de Corinto.
CONCLUSÃO
Reunir-se em torno da Mesa
do Senhor é reconhecer que a ministração correta da Mesa do Senhor exige
proclamação da cruz, esperança pelo retorno do Rei, cuidado para não comer
indignamente o pão e o vinho. A Mesa do Senhor requer autoexame, discernimento
e julgamento de si mesmo a fim de viver de maneira santa diante de Deus.
Diante de tudo que a Mesa do
Senhor sinaliza e representa, a única atitude plausível que os coríntios podiam
tomar era celebrar a Ceia juntos. Por isso, eles precisavam esperar uns pelos
outros, pois a unidade é uma das implicações da Mesa do Senhor (1 Coríntios
10:17).
Ainda que as questões
sociais sejam importantes, deve-se ter cuidado para não usar o contexto da Ceia
do Senhor de maneira imprópria. É importante fazer justiça ao pobre, mas também
é importante fazer justiça ao texto bíblico, do contrário jamais se fará
justiça nem ao pobre e nem a qualquer outro assunto tido por relevante.
O Evangelho nos leva a uma
vida de amor ao próximo, e seu cuidado. Mas, o cuidado do pobre não é o
Evangelho. Jesus é cordeiro que derramou seu sangue pelos nossos pecados.
Diante da Mesa do Senhor,
todas as vezes que partimos o pão e bebemos o cálice do Senhor até que ele
venha, anunciamos e recordamos que o sangue do cordeiro de Deus concede a
passagem para a aliança com Deus. Nesse sentido, a Mesa do Senhor, é uma festa
que celebra os feitos de Deus. Nela, não há espaço para que nossos atos de
bondade sejam contados. Se tomarmos a Mesa do Senhor e o seu discernimento como
ajuda ao pobre, ainda não entendemos o Evangelho.
Dito isto, é importante
reafirmar que a mensagem de Paulo sobre a santa Ceia considera os seguintes
pontos básicos:
1- A Mesa do Senhor não é
uma refeição;
2- A Mesa do Senhor é uma
ordenança de Cristo, para que o seu povo reunido em culto, olhe para trás e
celebre os benefícios da nova aliança no presente, mantendo os olhos no dia do
retorno do Senhor;
3- A mesa da Ceia não é
aberta a todos e todas indistintamente. Somente podem tomar parte nela aqueles
aptos a praticar o autoexame, discernir o corpo e o sangue de Cristo e a julgar
a si mesmo, com base nos princípios objetivos da Palavra de Deus.
Portanto, quando se analisa
a luz das Escrituras, o ensino de Paulo sobre a Mesa do Senhor direciona
corretamente a compreensão e prática da igreja diante da Mesa do Senhor.
A mensagem de Paulo sobre a
Ceia do Senhor desafia a interpretação dos apóstatas contemporâneos que reduz a
mesa de Cristo a uma mera refeição contra as injustiças sociais.
O exame verdadeiro da Mesa
do Senhor por meio das Escrituras exige que novamente possa ser ouvida a
doutrina da igreja primitiva, dos pais da Igreja, dos reformadores, e a própria
teologia bíblica.
5 comentários:
Que devemos praticar a santa ceia, é biblico, mas não há nenhuma passagem biblica que nos ensina a praticar a ceia da forma que se praticam hoje, com pedacinho de pao e um copinho de suco de uva.
Os elementos da ceia são simbólicos. Um pedacinho de pão ainda é pão. Suco de uva não é vinho, mas também pode ser utilizado simbolicamente na representação do sangue.
Então senhor Jesus em Mateus faloi não vim pra revogar a lei , mas sim pra cumprir , se ele deu uma ordenanças, ele quebrou essa palavra .
O senhor Luiz Lavareda argumentou que, devido à declaração de Jesus de não revogar a Lei, mas cumprí-la, se Cristo estabelecesse ordenanças, isso seria uma violação de sua palavra. No entanto, essa visão do senhor Lavareda é profundamente falha. Cristo não só estabeleceu as ordenanças da ceia e do batismo, mas também instituiu um novo testamento (conforme Marcos 14:24), um novo mandamento (de acordo com João 13:34), e uma nova lei (como descrito em 1 Coríntios 9:21). Jesus enfatizou repetidamente a importância de obedecermos aos Seus mandamentos (João 14:15), destacando-se como o Legislador da Nova Aliança, com poder tanto para salvar quanto para destruir (Tiago 4:12).
Muito bom parabens cicero.sobrinho1969@gmail.com
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